Festival MED anuncia três nomes de artistas «multipremiados»

Niyaz (Irão), Boogat (México/Canadá) e Delgres (Guadalupe/França) são os três artistas «multipremiados» que se irão juntar aos primeiros doze nomes […]

Niyaz (Irão), Boogat (México/Canadá) e Delgres (Guadalupe/França) são os três artistas «multipremiados» que se irão juntar aos primeiros doze nomes já anunciados para a 14ª edição do Festival MED, a realizar-se de 29 de Junho a 2 de Julho, em Loulé.

Considerado como uma «força evolutiva na música contemporânea do Médio Oriente», o grupo Niyaz criou «uma visão atual de fusão entre a eletrónica, a poesia Sufi medieval, a música tradicional do Irão e do Golfo Pérsico com uma forte componente de instrumentos acústicos», diz a Câmara de Loulé.

Fundado em 2004, em Montreal, esta banda junta Azam Ali, a vocalista e compositora nomeada duas vezes para o Juno Award e o multi-instrumentista e compositor, também ele nomeado para os Juno Awards Loga Ramin Torkian.

Os três álbuns, editados pela Six Degrees Records, estrearam-se no primeiro lugar do iTunes e receberam excelentes críticas por parte da imprensa especializada.

Em 2015 foi lançado o quarto álbum, The Fourth Light, um tributo à primeira mulher Sufi, a poetisa Rabia Al Basri, que nasceu no Iraque no século VII.

Boogat é um músico canadiano, com origens mexicanas e paraguaias, que funde o hip-hop a vários estilos de música latina como a Cumbia ou o Reggaeton. Iniciou a carreira na língua francesa mas, após colaborar com o grupo Roberto Lopez Project e o produtor Poirier, passou a usar a língua como veículo de expressão musical, o que lhe abriu portas para uma série de colaborações com prestigiados artistas da América Latina.

Com o álbum Neo-Reconquista venceu o World Music Album of the Year no Juno Award e no Félix Award. Este trabalho, lançado em 2015, contou com as colaborações de La Yegros, Sonido Pesa’o e Pierre Kwenders.

Da Guadalupe ao Louisiana… ao delta do Mississipi, Delgres é o elo perdido dos blues.

«Com sua música de raízes profundas, íntima embora universal», segundo a Câmara de Loulé, Delgres «resgata a memória das músicas, dos sons e das lágrimas das almas perdidas de Nova Orleães».

«Nascido em Paris, filho de pais caribenhos, Pascal Danae tem mapeado o seu amor intuitivo pelo blues de volta à sua casa ancestral de Guadalupe», considera a autarquia louletana.

Deu o nome a este trio em homenagem a Louis Delgrès, o oficial de ascendência africana que deu a vida na Ilha de Guadalupe, na luta contra Napoleão quando o general francês, em 1802, tentou repor a escravidão, através da repressão e exílio de muitos que fugiram para o Louisiana. O contributo que esses exilados afro-caribenhos tiveram para o nascimento do blues serviu de fonte de inspiração para a música dos Delgres.

O Festival MED foi distinguido como o Melhor Festival de Média Dimensão (Best Medium Sized Festival) da Península Ibérica, no âmbito dos Iberian Festival Awards.

Comentários

pub