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Sul InformaçãoO livro «O Acordeão no Algarve – Um Século de Histórias e Memórias», o mais recente trabalho do escritor e investigador algarvio Nuno Campos Inácio, vai ser apresentado no próximo dia 14 de Abril, às 19 horas, no Hotel Hilton, em Vilamoura.

A apresentação contará com a presença já confirmada de quatro Campeões Mundiais do Acordeão: Éric Bouvelle, de França, Petar Maric, da Sérvia, Pietro Adragna, de Itália, e ainda Julien Gonzalez, também de França.
O livro junta documentos, biografias, imagens e histórias do instrumento musical mais emblemático da cultura algarvia.

Apesar de ser um instrumento musical relativamente recente, desenvolvido a partir de uma invenção do austríaco Cyrill Demian, registada em 1829, e desenvolvido com as características mais próximas do tradicional acordeão já na segunda metade do século XIX, a verdade é que no início do século XX o acordeão conquistou um espaço próprio na música algarvia e no folclore regional, principalmente na interpretação do corridinho.

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Não se sabe quando terá chegado ao Algarve o primeiro acordeão, nem quem terão sido os primeiros acordeonistas algarvios.

Esse instrumento surge documentado na região a partir do início da segunda década do século XX, sabendo-se que o regresso dos combatentes sobrevivos da I Grande Guerra Mundial na cidade de Faro ficou marcado por uma receção que contava com a presença de acordeonistas, marco histórico que viria a estar na origem das célebres Charolas da zona de Faro.

Sul InformaçãoEntre os primeiros intérpretes contam-se nomes como José Ferreiro, João Bexiga, José Calote, José Granja, «O Ceguinho da Luz», José Padeiro, António de Sousa Madeira, entre outros.

O ano de 1932 fica marcado na História do Algarve pela criação da I Orquestra Típica Algarvia e do primeiro grupo folclórico, o Rancho Regional Algarvio, atual Grupo Folclórico de Faro, ambos nascidos a partir da comitiva algarvia que participou Grande Exposição Industrial desse ano.

Ao longo de perto de 500 páginas enriquecidas por informação e documentação inédita, contendo mais de 800 imagens, mais de uma centena de biografias e referindo perto de 900 nomes de alguma forma ligados ao acordeão algarvio, a obra contou com a participação direta de grandes nomes do acordeão do Algarve, que escreveram textos de cariz histórico, integrados na obra.

Assim, Gonçalo Pescada, o primeiro algarvio doutorado em acordeão, é o autor do prefácio, encontrando-se ainda textos do jornalista Arménio Aleluia Martins, que tem acompanhado e apresentado vários eventos relacionados com esse instrumento musical, ou de Francisco Sabóia, organizador das 25 Grandes Galas Internacionais do Acordeão e fundador do Museu do Acordeão, único no país.

Outros autores presentes no livro são Hermenegildo Guerreiro, acordeonista e professor de acordeão, o único no Algarve que formou um Bicampeão Mundial, um Vice-Campeão Mundial e vários Campeões Ibéricos e Nacionais, João Frade, Bicampeão Mundial e o primeiro acordeonista do mundo a vencer no mesmo ano as três principais provas internacionais de acordeão, bem como João Pereira, o presidente da Associação de Acordeonistas «Mito Algarvio», que é muito mais do que uma simples associação, sendo a entidade acreditada para a seleção de acordeonistas portugueses na representação de Portugal nas Copas do Mundo de Acordeão.

Sul InformaçãoEsta obra surgiu de um desafio lançado à Arandis Editora por Francisco Sabóia, que pretendia comemorar os 25 anos de Galas Internacionais do Acordeão com uma obra que dignificasse o acordeão e os acordeonistas algarvios.
Respondendo a esse desafio, Nuno Campos Inácio encarregou-se de organizar o livro com o material que compõe o espólio do Museu do Acordeão e o arquivo do Jornal «A Avezinha».

A estas fontes iniciais foi juntando outras, contactando diretamente com vários acordeonistas e juntando apoios e contributos de outras pessoas, como é o caso dos já referidos Francisco Sabóia, Arménio Aleluia, Hermenegildo Guerreiro, João Frade, João Pereira e Gonçalo Pescada, a que se pode juntar Paulo Domingues e Nelson Conceição.

Esta é a primeira obra do género editada em Portugal.

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