Relações próximas de Sevilha e Algarve «melhoram economia nos dois territórios»

Faro e Sevilha estão a duas horas de distância de carro, mas a proximidade entre as duas regiões não se […]

DSC_0911Faro e Sevilha estão a duas horas de distância de carro, mas a proximidade entre as duas regiões não se mede em quilómetros quando se fala em captação de turistas.

A Região de Turismo do Algarve e o Turismo de Sevilha acreditam que a complementaridade dos dois territórios pode trazer benefícios para as duas partes e uma delegação da província espanhola esteve, no dia 30 de junho, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve a mostrar a sua oferta, principalmente gastronómica.

O arroz, o azeite, o porco ibérico, o queijo, a caça, os cogumelos, os doces são alguns dos chamarizes que podem levar turistas a Sevilha, sendo que, na apresentação que teve um momento de show-cooking, por Curro Noriega, Chef do restaurante Besana Tapas, em Utrera. Também estiveram representantes de outros pontos de interesse turístico da cidade, como a Isla Mágica (que tem 33% de visitantes portugueses), ou o Aquário de Sevilha.

Desidério Silva, presidente da RTA, em declarações ao Sul Informação, explicou a importância da proximidade entre Algarve e Sevilha e refutou a hipótese de serem destinos concorrentes, destacando a sua complementaridade.

«Os dois destinos são, neste momento, complementares. Há muita gente que vem para o Algarve e que tira um dia para ir a Sevilha para ver o património. Aliás, a opção para ficar no Algarve pode ser interessante. Há gente que conhece Sevilha, mas não gosta de ficar em Sevilha, gosta de ficar aqui. Há gente que faz isso, portanto todo este processo é de complementaridade dos territórios e não de concorrência. A concorrência pode ser na partida dos países de origem, mas, na prática, acabam por se cruzar e por criar condições para a melhoria da economia nos dois territórios», considerou.

Se desta vez foi Sevilha a mostrar o que tem de melhor no Algarve, o oposto tem acontecido com maior regularidade. A ligação entre os dois destinos já tem anos e, segundo Desidério Silva, a região portuguesa tem aproveitado melhor o protocolo.

DSC_0938«Sevilha é uma província que tem 3 milhões de habitantes, por isso, o que procuramos fazer, como vamos muitas vezes a Sevilha promover ações, é reforçar a parte institucional, o que nos permite uma abertura de espaço público, quer em edifícios, quer na praça, para fazermos ações que promovam o Algarve. Há abertura dos dois lados, para que se possa promover e valorizar as regiões em cada um dos sítios. Não tenho dúvidas que aproveitamos muito mais o protocolo, porque vamos mais vezes a Sevilha. Sevilha faz isto uma vez por ano aqui, a nossa dimensão de intervenção na Andaluzia é muito superior, em cada ação e no número de ações que fazemos», explica o responsável.

Por seu lado, Rafael Alvarez, representante da Diputación de Sevilha, destacou que as duas regiões «podem fazer um caminho juntos no Turismo» e realçou que a gastronomia, o principal destaque desta apresentação, assume importância na captação de turistas do Algarve para Sevilha, especialmente porque «em cada país, procura-se aquilo que é diferente e a gastronomia surge em primeiro lugar».

 

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