Aeroporto de Beja vai ter unidade industrial para desmantelar aviões

O Aeroporto de Beja vai ter uma unidade industrial destinada à manutenção, desmantelamento e certificação de componentes recuperáveis de aeronaves. […]

aeroporto de beja_9O Aeroporto de Beja vai ter uma unidade industrial destinada à manutenção, desmantelamento e certificação de componentes recuperáveis de aeronaves. A valência, que deve começar a funcionar em pleno dentro de três anos, pode vir a criar 80 postos de trabalho e representa um investimento de 8 milhões de euros.

A formalização da assinatura da Licença de Ocupação do espaço pela AeroNeo, empresa que vai explorar a unidade industrial, foi feita hoje. Segundo adianta a ANA Aeroportos em nota enviada às redações  «a AeroNeo SA, com sede em Portugal, tem em curso um aumento de capital para um milhão de euros e é participada pela suiça GreenParts Holding SA, que detém um capital social de 6 milhões de francos suíços».

A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, do Presidente da ANA, Jorge Ponce de Leão e do Managing Partner da AeroNeo, Dominique E. Verhaegen.

 

«O projeto que a AeroNeo irá desenvolver no Terminal Civil de Beja baseia-se no conceito GreenParts 95, tendo por objetivo a valorização de ativos aeronáuticos por via da gestão integral de aviões em fim de vida no qual a manutenção, o desmantelamento, o reaproveitamento e a reciclagem são assumidos como elos de cadeias integradas, no respeito pelas melhores práticas ambientais», acrescenta a ANA.

A nota refere ainda que a «AeroNeo prevê um ritmo de crescimento sustentado para a unidade industrial (com uma área de 7.500 m2),  que deverá desmantelar cinco aviões no primeiro ano e atingir os 18 no quarto ano, altura em que poderá aproximar-se de uma faturação prevista superior a 32 milhões de euros. Os modelos usualmente desmantelados são AirBus  319-320  e  Boeing 737».

A unidade, «que se prevê entrar em funcionamento pleno dentro de três anos, irá responder à procura de soluções num mercado em crescimento, prevendo a AeroNeo que serão gradualmente retirados de operação cerca de 12.500  aviões nos próximos 15 anos».

Ainda segundo a ANA, «este projeto estruturante, com um significativo impacto na região do Alentejo, comprova a eficácia da estratégia que a ANA tem seguido ao apostar na componente industrial tendo em vista o desenvolvimento sustentado do Terminal Civil de Beja e da Região que serve».

A construção desta unidade industrial pode dar uma maior utilidade e retorno ao aeroporto, que tem dificuldades em captar companhias aéreas, como assumiu Passos Coelho em entrevista aos principais jornais regionais do país, entre eles o Sul Informação.

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