Um helicóptero de busca e salvamento da Força Aérea Portuguesa, bem como diversos meios da Marinha e do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), estão já ao largo de Sagres a fazer buscas para tentar encontrar o avião Cessna e o seu piloto, que esta manhã se despenharam e desapareceram cerca de duas milhas a sul do porto da Baleeira.
Há também buscas a decorrer em terra, ao longo das falésias, por elementos da Polícia Marítima.
Para já, além de pedaços da fuselagem, apenas foi descoberto «parte do motor» da avioneta, destroços que confirmaram a ocorrência do acidente. «Ainda não foi encontrado o cockpit. As buscas centram-se em encontrar o tripulante desaparecido», disse ao Sul Informação o Capitão do Porto de Lagos Carvalho Pinto.
O mesmo responsável adiantou que estão envolvidos nas buscas «uma lancha salva-vidas da Estação de Sagres do ISN, uma embarcação da Polícia Marítima, uma lancha da Marinha Portuguesa e o helicóptero de busca e salvamento da Força Aérea», um EH-101 Merlin.
«Também já está a caminho um navio de busca e salvamento da Marinha Portuguesa e uma outra embarcação da Polícia Marítima», revelou.
Segundo a Força Aérea, os barcos envolvidos nas operações são «um helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, o NRP Centauro e o salva-vidas Diligente da Marinha, além de uma embarcação semirrígida da Polícia Marítima e do navio NRP Jacinto Cândido».
O alerta de que tinha caído um avião foi dado por uma embarcação de pesca que se encontrava envolvida por um nevoeiro denso.
Segundo os tripulantes dessa embarcação, o avião seguia a baixa altitude e acabou por embater com a água.
Ainda assim, Carvalho Pinto diz não saber se as condições climatéricas contribuíram para o acidente ou foram a sua causa.
O avião que caiu no mar, um Cessna 152 (dois lugares), partiu do Aeródromo Municipal de Portimão, entre as 10h00 e as 10h15, e ter-se-á despenhado por volta das 11 horas, ao largo de Sagres. Nele, seguia apenas o piloto, um homem de 74 anos, da Mexilhoeira Grande, em Portimão, emigrante no Canadá.
A avioneta despenhou-se num local com uma profundidade entre os 20 e 30 metros.
Fotos: Armindo Vicente
