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Sul InformaçãoA Quercus apresentou queixa contra o Estado Português à União Europeia devido à obra de construção de uma nova ponte de acesso à Praia de Faro. A associação ambientalista pretende parar o processo atualmente em curso, no âmbito do Polis da Ria Formosa e quer, como altenativa, a reabilitação da ponte já existente, associada à diminuição da área de estacionamento, dentro daquele núcleo urbano farense.

Numa nota de imprensa, a Quercus disse que a queixa é «relativa à decisão de construção da nova ponte de acesso à praia de Faro e parque de estacionamento exterior, devido à afetação do Sítio de Importância Comunitária “Ria Formosa/Castro Marim” (SIC) e da Zona de Proteção Especial para Aves Selvagens “Ria Formosa” (ZPE), área que também está protegida pelo direito nacional como Parque Natural da Ria Formosa e Sítio Ramsar “Ria Formosa”». «A queixa apresentada pede igualmente à Comissão Europeia que seja suspenso o cofinanciamento comunitário ao projeto», acrescentam.

Para a Quercus, o projeto de construção de uma nova ponte com uma única via de circulação rodoviária, ao lado da já existente, a que está associado um passadiço pedonal e ciclável junto à estrada que dá acesso à ponte «é incompatível com os cenários de adaptação às alterações climáticas».

vila do bispo

«É intenção da autarquia apostar na construção de uma ponte que constitua um “cartão de visita” para a própria zona balnear, com a aprovação de um projeto com “design” ao invés da recuperação da ponte existente, que envolveria menores custos. De salientar que a implementação deste projeto contempla o alargamento da via de circulação existente com a consequente destruição de uma zona de sapal com a construção de um parque de estacionamento e de dois aterros de apoio à fase de construção, que implica a destruição e fragmentação de um habitat prioritário – 1150 Lagunas Costeiras, criando condições para que haja maior presença humana numa área dunar já muito fragilizada», ilustram.

Sul InformaçãoOs ambientalistas defendem que também «compromete os objetivos de renaturalização e de defesa da orla costeira, em parte já previstos no Programa Polis Ria Formosa, mas que ficam aquém do necessário».

«Assim, a Quercus sugere que a atual ponte possa ser objeto de restauro, ficando a sua utilização restrita a peões, bicicletas, fornecimento de bens e serviços aos estabelecimentos comerciais e a veículos de emergência e dos serviços públicos e que a área a ocupar pelo parque de estacionamento seja reduzida para não destruir a área de sapal», avança a Quercus.

Com esta solução, acreditam, «reduzir-se-ia a pressão existente sobre os ecossistemas dunares, sendo que esta é também a única forma de garantir a segurança futura dos aglomerados populacionais do interior da Ria Formosa atualmente protegidos pelas penínsulas arenosas e pelas ilhas-barreira, bem como a própria integridade do SIC e da ZPE».

«Por outro lado, esta obra vem no sentido contrário ao que deveriam ser as preocupações e os compromissos dos poderes públicos em matéria de defesa costeira, os quais implicam decisões políticas corajosas no sentido da deslocalização de pessoas e bens (por exemplo com a remoção da totalidade do edificado) que exercem neste momento uma perturbação indesejável sobre a primeira e única linha de defesa costeira do sistema lagunar», acrescentam os ambientalistas.

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