Sindicato: Urgência de Loulé sem enfermeiros escalados para esta noite

O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Loulé poderá não ter qualquer enfermeiro a trabalhar na noite de hoje para […]

O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Loulé poderá não ter qualquer enfermeiro a trabalhar na noite de hoje para amanhã, terça-feira, denunciou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Os sindicalistas já haviam avisado para o risco de se repetir com os enfermeiros o que já se havia passado com os médicos, no mesmo SUB, no 1º de Maio, quando a SUB funcionou sem clínico, algo que se perspetiva que aconteça esta noite.

«Em Loulé, no turno da noite de 19 maio só funcionou com 2 enfermeiros e prevê-se que não venha a estar nenhum esta noite, 20 maio. Por lei, obrigatoriamente, a dotação deste serviço é, no mínimo, de 3 enfermeiros/turno! Contudo não há um único dia em que estejam 3 enfermeiros em todos os turnos» denunciou o sindicato.

Esta não é a única SUB onde o SEP prevê que haja falhas, já que, alegam, também o SUB de Albufeira está «sem condições para a prestação de cuidados», mas será a mais grave, já que se «antevê turnos sem enfermeiros durante o mês de maio».

«O SUB de Albufeira esta noite esteve sem auxiliar e prevê-se situações em que não há auxiliar por um período de 24h! As salas ficaram conspurcadas e os lixos não foram retirados, inviabilizando pequenas cirurgias e outros tratamentos», acrescentou a delegação algarvia do SEP, numa nota de imprensa.

Na base destas falhas está o número insuficiente de enfermeiros, carência que no conjunto das unidades de saúde algarvias, e segundo o sindicato, ultrapassa os 350 profissionais. «São centenas de horas por cobrir nas escalas que põem em causa o funcionamento dos serviços e da ambulância SIV de Loulé. Alternativa dos utentes é deslocarem-se à urgência do Hospital de Faro», avisou.

Os sindicalistas acusam o Ministério da Saúde, a ARS do Algarve e o CHA de assistir «impávidos e serenos à degradação destes serviços», apesar de numa reunião recente com a tutela, o Governo ter assumido o «compromisso de solucionar o problema».

A Administração Regional de Saúde do Algarve, por seu lado, rejeitou responsabilidades e remeteu-as par ao centro hospitalar do Algarve. No entanto, quando se verificou falat de médicos no SUB de Loulé, terá ajudado a solucionar o problema, apesar de ter usado o mesmo argumento. Ou seja, a questão da tutela das SUB algarvias, que o PS já exigiu que seja clarificada, parece continuar.

«O SEP já informou a AMAL e vários partidos políticos com assento parlamentar sobre esta matéria e as consequências da grave carência de enfermeiros no Algarve. A DRFaro do SEP vai solicitar hoje reunião urgente à Comissão Parlamentar da Saúde. O SEP responsabiliza o Ministro da Saúde por toda a situação e relembra que a “entidade empregadora é responsável pelo especial risco a que os enfermeiros estão sujeito”», concluem os sindicalistas.

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