Hospital de Lagos reforça Urgência com especialista de Medicina Interna

A Urgência do Hospital de Lagos conta com o reforço de mais um médico especialista em Medicina Interna, «uma medida […]

A Urgência do Hospital de Lagos conta com o reforço de mais um médico especialista em Medicina Interna, «uma medida que permite, embora ainda a tempo parcial, uma maior diferenciação na prestação de cuidados em Urgência», como evidencia Luísa Arez, diretora do Serviço de Medicina Interna 4 do Centro Hospitalar do Algarve.

Com capacidade de 40 camas de internamento, o Serviço de Medicina Interna da unidade hospitalar de Lagos encontrava-se “até à data assegurado, a partir das 17h00, somente com o apoio de dois médicos de Clínica Geral, que trabalham no Serviço de Urgência, o que era extremamente limitativo em termos de suporte na prestação de cuidados” refere a internista Luísa Arez.

A prazo, a contratação de mais profissionais, decorrente do concurso aberto no ano passado e do novo concurso que está em vias de ser publicado, permitirá “aumentar e reforçar a escala de urgência desta especialidade em Lagos, passando assim a dispor de um internista em permanência para dar apoio ao Serviço, o que acaba por conferir amplitude na sua capacidade de resposta, nomeadamente a doentes mais agudos, e evitando, assim, deslocações para as outras Unidades Hospitalares”, conclui.

 

Reforço sentido também nas consultas de especialidade

A consolidação da equipa de medicina interna representa “ganhos em termos de Consultas da Especialidade, podendo assim a Unidade de Lagos potenciar o acesso à Consulta de Medicina Interna, num universo de referência de 1500 consultas realizadas em 2013”, diz o Centro Hospitalar do Algarve, em nota de imprensa.

A título de exemplo, sublinha o CHA, «promove-se desta forma uma maior facilidade de acesso à Consulta da Patologia da Tiróide que conta com a colaboração adicional do internista Jesus Toscano, da unidade hospitalar de Portimão, que se desloca a Lagos para dar resposta em consulta a esta patologia que conta com muitos doentes provenientes de Lagos e Vila do Bispo, os quais anteriormente tinham que se deslocar a Portimão».

 

Unidade de Lagos centrada na proximidade

As vantagens para os utentes na resposta assistencial desta unidade hospitalar «reflete-se em consultas de proximidade», como a Consulta da Diabetes (em 2013, foram realizadas 800 consultas), para a qual se deslocam duas profissionais da Unidade de Portimão, as médicas Luísa Arez e Estela Ferrão, evidenciando-se o papel central do Hospital de Dia de Diabetes, onde o doente pode, diariamente, de segunda a sexta, das 9h00 às 16h00, procurar os profissionais de enfermagem, para apoio e aprendizagem do controlo da glicémia e administração de insulina, por exemplo.

Nessa área, está também desenvolvida uma educação terapêutica para o utente, com sessões multidisciplinares que incluem desde a organização de caminhadas saudáveis a sessões sobre Nutrição, Diabetes Mellitus e as suas particularidades, entre outras áreas de prevenção para a Saúde.

Além das consultas ligadas à Medicina Interna, a Unidade de Lagos proporciona ainda aos seus utentes consultas na área da Nutrição, Psiquiatria e Psicologia.

“Em 2013, o Serviço de Medicina Interna de Lagos teve, a nível de internamentos, cerca de 1050 doentes, com uma média de internamento de 12 dias, calibrada com a média nacional, e semelhante à Unidade de Portimão. Pode-se considerar que houve uma melhoria acentuada no que diz respeito à média de dias por internamento, pois diminuiu-se progressivamente de 18 para 12 dias nos últimos anos, o que é bastante importante, pois quanto maior é a rotação das camas, maior é o número de utentes assistidos”, esclarece a Internista.

Todos estes números são reveladores de uma resposta adequada do Serviço de Medicina 4 de Lagos, em termos de actividade assistencial, onde a escassez de quadros médicos com as mesmas características dos serviços de Medicina da Unidade de Portimão, no qual importa “ressalvar o meritório desempenho dos profissionais de enfermagem da Unidade de Lagos, face à escassez de recursos humanos médicos que se tem sistematicamente vindo a sentir e que agora se veio reforçar”, conclui.

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