Deputados do PCP: Ria Formosa na zona da Fábrica precisa de desassoreamento

O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia sobre as «consequências nefastas para […]

O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia sobre as «consequências nefastas para as atividades económicas (pesca, produção de bivalves e marítimo-turísticas) provocadas pelo processo de intenso assoreamento da barra e dos canais de navegação na zona da Fábrica, freguesia de Vila Nova de Cacela».

Os deputados comunistas querem ainda saber se o Governo tem intenção de «proceder à realização de dragagens nesta zona da Ria Formosa, de modo a viabilizar as atividades económicas desenvolvidas pela comunidade local de pescadores e viveiristas».

Recentemente, uma delegação do PCP visitou a Ria Formosa, na zona da Fábrica, tendo-se reunido com a comunidade local de pescadores e mariscadores.
 
O sítio da Fábrica, situado no extremo oriental da Ria Formosa, conta com uma comunidade local que se dedica à pesca e à produção de bivalves, assim como a atividades marítimo-turísticas.
 
Nos últimos anos, contudo, as atividades económicas desta comunidade local «têm sido extremamente prejudicadas, e em alguns casos inviabilizadas, devido ao assoreamento da barra e dos canais de navegação», salientam os comunistas.

Este assoreamento é bem visível na altura da maré baixa, com a barra e os canais de navegação quase a desaparecem e a paisagem a ser dominada por bancos de areia. A barra, na verdade, só é navegável 4 horas por dia.
 
«Os viveiros de bivalves estão também a ser destruídos pelo assoreamento. Numa zona onde já chegaram a existir mais de 70 viveiros, a atividade de produção de bivalves está em risco, perante a inação do Governo».

O PCP refere o exemplo do Manuel Ladeira Matias, cujo viveiro de produção de bivalves foi inviabilizado pelo assoreamento, tendo perdido todo o investimento aí feito.

Este viveirista solicitou à Agência Portuguesa do Ambiente, em outubro de 2013, a transferência do seu viveiro para uma zona próxima e ainda não afetada pelo assoreamento, não tendo ainda recebido qualquer resposta.
 
Por isso, concluem os deputados comunistas, «a fim de permitir a recuperação da atividade económica da comunidade local do sítio da Fábrica é necessária a realização urgente de dragagens, na barra e nos canais de navegação».

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