Pedro Cabeçadas, de 64 anos, residente em Faro, foi hoje impedido de votar por ter sido dada baixa ao seu recenseamento na freguesia da Sé. Qual o motivo? É que Pedro Cabeçadas está dado como morto…
Tendo-se dirigido à Junta de Freguesia da Sé, onde votava habitualmente, o eleitor farense constatou que o seu nome «não constava dos cadernos eleitorais».
Na Junta, Pedro Cabeçadas acabou por ser informado que, tendo-lhe a Comissão Nacional de Eleições enviado uma carta, esta acabou por ser devolvida «com a indicação de que eu tinha falecido”. Por isso, o seu nome foi retirado dos cadernos eleitorais.
Isto apesar deste farense não ter sofrido qualquer alteração da residência ou estado civil. «Convocam mortos para ir votar e não deixam os vivos votar porque dizem que estão mortos», criticou Pedro Cabeçadas.
O jornal Público revelou hoje que há uma discrepância de quase 900 mil cidadãos entre os eleitores inscritos nos cadernos (dados da CNE) e a população com mais de 18 anos residente em Portugal (dados do INE). Esta discrepância deverá ter a ver com eleitores já falecidos que continuam a constar dos cadernos eleitorais, ou com eleitores que entretanto emigraram e saíram do país.
No entanto, no caso de Pedro Cabeçadas, trata-se de um eleitor que está vivo e a viver onde sempre viveu, mas cujo nome foi indevidamente retirado dos cadernos eleitorais.
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