Sete empresas beneficiam da força dos números na Area 25, em Faro

É muito mais do que um grupo de empresas que partilham o mesmo espaço de trabalho. Na Area 25, em […]

É muito mais do que um grupo de empresas que partilham o mesmo espaço de trabalho. Na Area 25, em Faro, criaram-se verdadeiras sinergias e há empresas de diferentes setores a crescer em conjunto. Ontem, quinta-feira, apresentaram o seu conceito.

Dizem que a força está nos números e, se esta antiga máxima se aplicar no mundo empresarial, as sete empresas que partilham o mesmo espaço na Rua Ascensão Guimarães, por detrás do Refúgio Aboim Ascensão, estão no bom caminho.

Só os ganhos que se conseguem da entreajuda são uma mais-valia inestimável para qualquer um dos parceiros, asseguram.

Esta é apenas uma das vantagens que as empresas que trabalham na Area 25 dizem sentir. Mais-valias que a empresa Dengun perseguiu desde a sua génese e potenciou quando conheceu os responsáveis pela Nata Design e Boom Models.

«A Dengun já estava sediada nas Gambelas e comecei a juntar uma série de empresas dentro do mesmo espaço, que tinha cerca de 60 metros quadrados. Chegou a um ponto em que já lá estávamos quatro empresas e começou a ser pequeno para tanta gente. Só se fizéssemos um segundo andar», revelou Miguel Fernandes.

O responsável pela empresa de desenvolvimento web e mobile começou, então, à procura de alternativas. «Entretanto, conheci as pessoas aqui da Nata Design e o João da Boom Models e disse-lhes que estava à procura de um espaço. Eles gostaram da ideia e começámos todos a desenvolver o conceito, até chegarmos a este ponto», contou.

A inauguração formal do espaço é feita meses depois de a sinergia ter começado. «Pensámos que o projeto já estava sólido o suficiente para o apresentar a todos», disse Miguel Fernandes.

Ao referir-se a todos, o jovem empresário falava das mais de 140 pessoas que aceitaram o convite da Area 25 e estiveram ontem na inauguração. Números bem acima do que os organizadores esperavam, mas que também revelam a curiosidade que o conceito despertou.

Um sinal ainda mais evidente de que este é um conceito interessante foi a aproximação de um outro grupo de empresários, que irão replicar o modelo «à saída de Faro».

Uma iniciativa paralela, que teria sempre de acontecer num espaço alternativo, uma vez que a Area 25 vai esgotar a capacidade de carga em breve.

Apesar de serem sete as empresas que partilham fisicamente este espaço, à volta dele “gravitam” 14 negócios. Assim, só deverá haver espaço para a empresa Cubo Matias, que se deverá juntar em breve ao grupo.

«O que diferencia o nosso conceito, a meu ver, é o facto de existirem uma série de premissas que definem a saúde posterior do espaço e das relações entre todos. Por exemplo, nós não permitimos que haja aqui empresas concorrentes, só há uma de cada ramo. Ao fazermos isto, em vez de entrarmos em conflito, entrosamo-nos e acrescentamos valor aos nossos produtos e prestamos um serviço melhor aos nossos clientes», acredita Miguel Fernandes.

E porquê o nome Area 25? «Vou ser muito honesto! É para não ser área 51, senão começavam a pensar que fazíamos aqui sites para aliens ou contabilidade “verde”», disse a rir, Miguel Fernandes, numa alusão ao famoso complexo norte-americano, conotado com pesquisas secretas envolvendo extra-terrestres.

«25 é o número da porta. Queríamos que fosse um nome relativamente neutro, porque o que interessa é salientar as empresas que aqui estão e não o nome do espaço», revelou.

Neste momento, as empresas que partilham a Area 25 são a Alfa Cargo – Transportes e Logística, a Awareness – Consultoria de Gestão, a Boom Models -Agência de Modelos, a Dengun – Agência Web, a Lotus Studio – Arquitetura Sustentável, a Layer 3 Solutions – Informática e a Nata Design – Design e Publicidade.

 

Nata Design resolveu problema de espaço a mais

Com a criação da Area 25, além de criar sinergias e mais valias para o seu negócio, a Nata Design, a inquilina original do espaço resolveu outro problema: aproveitar ao máximo uma área que era demasiado grande para as suas necessidades.

A primeira empresa a partilhar o mesmo espaço com a Nata Design foi a Boom Models, que funciona num escritório fechado, ao contrário das demais empresas, que apesar de terem nichos, funcionam numa lógica de espaço aberto comum.

Para João Neves dos Santos, «infelizmente» há vidros e uma porta, quase sempre aberta, que criam uma barreira em relação às restantes empresas. «Isto por vezes é demasiado limitativo para o bom ambiente que existe aqui dentro. Eu às vezes tenho de me levantar, para circular e falar com esta e aquela empresa», confessou.

A chegada de novos inquilinos trouxe vantagens aos que já estavam no que agora é a Area 25. «Em termos práticos, os contatos que as outras empresas têm, são contatos aos quais eu acedo com facilidade. Facilmente alguém me diz que, tendo um determinado trabalho, pode propor ao cliente a contratação de umas hospedeiras ou de um fotógrafo», exemplificou.

Como ilustrou na apresentação do conceito Cláudia Fonseca da Nata Design, com esta parceria, as empresas querem «ir mais além, pensar fora da caixa» e criar uma forma inovadora de se relacionar e beneficiar com a cooperação.

Comentários

pub