O Grupo Parlamentar do PCP exigiu esta quarta-feira que o processo de encerramento das pousadas de juventude, entre as quais as de Aljezur e Alcoutim, no Algarve, seja de imediato suspenso e salvaguardados os postos de trabalho ali existentes.
Os comunistas questionaram o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas, que em agosto anunciou a intenção do Governo em avançar para esta medida, sobre «o fundamento legal para a aplicação do lay-off aos trabalhadores das pousadas da juventude e sobre as medidas urgentes necessárias à viabilização da Movijovem».
O PCP lembrou que a Movijovem é uma cooperativa com capital maioritariamente público, detido em 80% pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
«O PCP considera que esta intenção do Governo se reveste da maior gravidade para os direitos da juventude, designadamente o direito ao lazer e à mobilidade, representando também uma política de promoção do desemprego, desinvestimento público, destruição de serviços públicos e de aprofundamento da desertificação das regiões do interior do País. Representa ainda um profundo desrespeito pelos direitos dos trabalhadores das pousadas de juventude», lê-se numa Nota de Imprensa que o PCP enviou às redações.
