Carlos Campaniço venceu o Prémio Literário Cidade de Almada 2012

Carlos Campaniço venceu o Prémio Literário Cidade de Almada 2012 com o seu romance original «Os demónios de Álvaro Cobra». […]

Carlos Campaniço venceu o Prémio Literário Cidade de Almada 2012 com o seu romance original «Os demónios de Álvaro Cobra».

O autor , natural do Alentejo mas há muito radicado no Algarve e atual diretor de Programação do Auditório Municipal de Olhão, recebeu o prémio que a autarquia de Almada atribui desde 1998 no passado dia 25 de outubro, no valor de cinco mil euros.

Este é um prestigiado galardão, «considerado uma referência nacional na área da literatura e na promoção da criação literária em língua portuguesa», ilustrou a Câmara de Almada, num comunicado.

Nas suas obras, Carlos Campaniço mantém bem vivas as suas origens alentejanas e em «Os demónios de Álvaro Cobra» explora o cenário de uma aldeia alentejana do século XX, com a trama a girar «em torno de Álvaro Cobra, uma raridade da natureza, tido ora por santo, ora por bruxo». «As alegrias e contrariedades vividas por Álvaro, pela família Cobra e por demais habitantes da aldeia intercalam-se, apegam-se», segundo Violante de Magalhães, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários.

«O retrato de um Alentejo intemporal e do inusitado carácter de um povo que se inventa a si mesmo é feito num ritmo invulgarmente ágil e num tom airoso, que equilibra peripécias risíveis, violentas e de uma imensa ternura», acrescentou.

Carlos Campaniço nasceu em Safara, no concelho de Moura, em 1973. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas – ramo Estudos Portugueses e Mestre em Culturas Árabe e Islâmica e o Mediterrâneo, pela Universidade do Algarve.

Em 2007 publica «Molinos», o seu primeiro romance, onde retrata a vida rural de uma aldeia que imaginou, mas que poderia ser uma qualquer aldeia do Alentejo, subjugada pela fome e pela estratificação de classes. Seguiu-se, em 2008, o seu primeiro e único ensaio, «Da Serra de Molinos ao Rif Marroquino – Analogias e Mitos», resultante do seu estudo de mestrado. No ano seguinte edita «A Ilha das Duas Primaveras», um romance histórico que tem o Mediterrâneo como cenário.

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