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Sul InformaçãoO Môce dum Cabréste está a sair dos computadores e a subir para os palcos. Quem já o conhece, sabe que o Môce dum Cabréste é o alter-ego de Dário Guerreiro, um jovem de 23 anos, que começou a fazer vídeos para o Youtube aos 17, e que, há dois anos, porque «tinha muito tempo disponível na universidade», começou a fazer um vlog que conta já com quase 7500 subscritores.

Agora, sem intermediária – entenda-se sem a câmara de vídeo – o Môce dum Cabréste vai apresentar-se para um espetáculo de stand-up comedy, esta sexta-feira, dia 3 de fevereiro, no café-concerto do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), e dois dias mais tarde, no dia 5, em Armação de Pêra, na sede do “Os Armacenenses”.

Em conversa com o Sul Informação, Dário Guerreiro explicou como nasceu a ideia de falar com sotaque algarvio, para uma câmara, em tom de brincadeira: «o Môce surge numa altura em que o Youtube estava em grande ebulição, com vários youtubers a nível mundial a aparecer. Em Portugal, eu não conhecia ninguém que o fizesse e, com influências desses youtubers, comecei a falar para a câmara. Com a ajuda das redes sociais, começou a ganhar importância e, vídeo após vídeo, os subscritores foram aumentando».

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Apesar de tudo ter começado como uma forma de ocupar o tempo que tinha livre enquanto estudou na Universidade, a forma como passou a encarar os vídeos teve que ser alterada devido ao número de pessoas que conseguiu fidelizar.

«Quando temos uma audiência, deixamos de fazer as coisas só para nós, passamos a ter um propósito. Já não faço um vídeo a determinado dia da semana porque me apetece, mas sim porque lá está alguém do outro lado, mesmo que sejam três ou quatro pessoas», explicou.

O Môce dum Cabréste fala com sotaque do Algarve, sobre temas ligados ao Algarve, mas tem sucesso também fora da região e no estrangeiro – dedução depois de assistir ao último episódio do Môce dum Cabréste em que recebeu correspondência de Nova Iorque.

No entanto, apesar da fama – aparentemente – internacional, Dário Guerreiro tem os pés bem assentes na terra – e no Algarve – e não pensa seguir, para já, uma carreira no mundo do humor.

«Nada começou com: vou ser humorista, nada disso. Tenho a minha profissão que nada tem a ver com o humor e não vou trocar o certo pelo incerto. Não vou sair do Algarve e “dar um mergulho” em Lisboa para procurar uma carreira. Se houver uma proposta que seja benéfica para mim e para o meu futuro, se for algo certo… pena é que tenha que sair do Algarve para me lançar numa coisa mais séria. Noutro sítio mudam-se os temas, os contextos. O que seria fazer o Môce dum Cabréste em Lisboa? Um algarvio a ver Lisboa? Chega a um ponto que é uma pessoa como as outras a tentar a sua sorte e perde o sumo…».

Apesar das desvantagens que encontra em sair do Algarve, o Môce dum Cabréste não considera que o humor, por ser feito com sotaque algarvio, se torne demasiado localizado. «Existem nichos que lhes agrada bastante o humor específico. Há o caso do Serafim, que é alentejano, que conta as suas histórias, do Alentejo, com sotaque do Alentejo e corre o país inteiro. Porque é que não há-de acontecer isso com o Algarve?».

Esta sexta-feira, o Môce dum Cabréste apresenta-se em palco em Portimão, em contacto direto com o público, algo que começou a fazer recentemente mas que o faz sentir «como um carapau alimado no prato. Gosto muito de estar em palco, é das melhores sensações do mundo. No outro dia, estava em Lagoa a dar um espetáculo [ver vídeo ao lado] e eu estava ali estava a pensar: “fogo”, estar aqui com 300 pessoas a aplaudirem-me… foi para isto que eu nasci, é isto que é a minha vida… mas repito, não vou trocar o que é certo, pelo incerto».

O Môce dum Cabréste, para além do convite – em vídeo como não poderia deixar de ser – que deixa aos leitores do Sul Informação, deixou algumas pistas sobre o que vai apresentar na sexta-feira, no TEMPO, em Portimão: «Vou apresentar um formato que mistura música, humor, stand-up comedy e muita interação com o público. Vou apresentar-me o mais versátil possível para que as pessoas também possam conhecer o que eu sou mesmo capaz de fazer. Portimão é a minha terra por afinidade. Sou do Parchal que é como se fosse a margem sul de Lisboa em relação a Portimão e sinto-me em casa aqui. Por isso, espero ter o mesmo à-vontade para fazer o mesmo que fiz em Lagoa, ou seja, vou mandar também umas piadas sobre a cidade, porque tenho legitimidade para mandar», concluiu.

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