Primeiro dia de portagens na A22 marcado por confusão

Atribulado. Este é o balanço que se pode fazer do primeiro dia de portagens na A22. Na única porta de […]

Atribulado. Este é o balanço que se pode fazer do primeiro dia de portagens na A22. Na única porta de entrada no Algarve vinda de Espanha, pouco mais se fez do que informar os condutores de que, a partir de agora, a circulação naquela via é a pagar, já que a máquina de venda de títulos para circulação esteve avariada desde o início do dia.

Ainda assim, muitos dos condutores terão mesmo circulado sem pagar e sem receber qualquer informação sobre os novos moldes de utilização da estrada.

Ainda em Espanha, há dois sinais – mais ou menos visíveis, mas também facilmente confundíveis com cartazes publicitários – a indicar a existência de portagens. Depois, apenas um pequeno sinal de trânsito – que pode perfeitamente apanhar um condutor incauto distraído.

Entretanto, junto àquele que era em tempos o posto de controlo alfandegário, encontra-se uma pequena estrutura com uma máquina eletrónica para pagamento de portagens. Que, neste primeiro dia, não funcionou.

Devido a um problema informático que deverá ser resolvido “a todo o momento”, referiu o diretor regional das Estradas de Portugal, aquele sistema – que servirá para não-residentes e estrangeiros adquirirem os chamados títulos pré-pagos, que prevêem a utilização da A22 para períodos de três e cinco dias – esteve em baixo. Portanto, aquele que seria um posto para venda, foi, neste primeiro dia de utilização paga da A22, apenas um ponto de informação.

No local, estiveram desde manhã três funcionários das Estradas de Portugal – incluindo Luís Pinel, o diretor regional da delegação de Faro das Estradas de Portugal – a prestar esclarecimentos a muitos condutores, maioritariamente estrangeiros.

Segundo aquele responsável, “muita gente procurou informações, sendo que talvez 98 por cento das pessoas fossem espanhóis”, entre os quais automobilistas que desconheciam completamente a existência de portagens, mas também “gente já com títulos comprados previamente na Internet”.

Mas, de manhã, as indicações insuficientes, a máquina de pagamento de títulos pré-pagos junto à Ponte do Guadiana que não funcionou e informações contraditórias e pouco claras terão levantado alguma confusão quer naquele local, quer três dezenas de quilómetros mais à frente, na estação de serviço de Olhão, onde, de facto, é possível comprar títulos pré-pagos e também dispositivos de identificação.

Uma funcionária daquele posto de abastecimento de combustível, Regina Conceição, revelou ao Sul Informação que foi uma “manhã com muita confusão” devido aos esclarecimentos, desconhecimento e “compras de títulos”. “Agora [da parte da tarde], tudo está mais dentro da normalidade”, disse aquela funcionária.

Por uma ou outra razão, confusão ou desconhecimento, alguns condutores nacionais ou estrangeiros terão hoje circulado na Via do Infante sem pagar, o que poderão ainda fazer em regime de pós-pagamento, notificando num balcão dos CTT a matrícula.

Ao Sul Informação, o diretor regional das Estradas de Portugal Luís Pinel disse não saber como funcionará a fiscalização dos pagamentos (ou falta deles), uma vez que esta “não está a cargo das Estradas de Portugal, mas da Euroscut”, responsável pela concessão da A22.

Questionados dois agentes da chamada “Fiscalização” na estação de serviço de Olhão sobre o mesmo assunto, responderam não estar “autorizados a falar”.

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