59% dos algarvios têm um crédito e devem em média 34.200 euros à banca

Cerca de 59% da população adulta residente no Algarve detinha, em finais de setembro, algum tipo de empréstimo junto de […]

Cerca de 59% da população adulta residente no Algarve detinha, em finais de setembro, algum tipo de empréstimo junto de entidades financeiras e cada mutuário devia, em média, 34.200 euros.

Aquela proporção baixa para 29,2%, aumentando o valor médio em dívida para 53.655 euros, se se considerar apenas o universo dos empréstimos à habitação.

Estes dados constam do boletim «Algarve Conjuntura», elaborado pelo Observatório das Dinâmicas Regionais do Algarve,  que apresenta pela primeira vez, na edição referente ao 3º trimestre de 2011, informação sintética sobre o endividamento das Famílias, entendidas como setor institucional e onde se incluem os empresários em nome individual.

O crédito concedido (saldos em fim de trimestre) às Famílias residentes no Algarve era, em finais de setembro, equivalente a 94,8% da riqueza gerada na região em 2010, ano em que o PIB atingiu 7.381 milhões de euros (dados provisórios, INE).

Os saldos dos empréstimos no final do trimestre evidenciam uma diminuição de 1,2% no montante de crédito concedido, face ao 3º trimestre do ano anterior. No caso do crédito à habitação, que representa quase 78% do crédito concedido às Famílias, a situação manteve-se praticamente inalterada, mas no crédito ao consumo e outros fins registou-se uma quebra de 4,9%, em termos homólogos.

O incumprimento dos compromissos bancários das Famílias da região aumentou ligeiramente em relação ao ano anterior. No final do 3º trimestre o crédito vencido representava 3,5% do crédito concedido.

Este rácio é inferior no crédito à habitação (1,6%), mas ascende a cerca de 10% quando se trata de empréstimos para consumo ou outros fins.

O chamado crédito “malparado” é mais relevante no setor empresarial. De facto, 10,3% do crédito concedido às sociedades com sede na região não foi pago atempadamente, sendo este valor o mais elevado das regiões portuguesas e o que mais aumentou em termos homólogos.

Na construção manteve-se a tendência de retração, enquanto na hotelaria os indicadores revelam uma evolução positiva, ainda que menos intensa do que nos meses de julho a setembro de 2010.

A época alta da atividade turística contribuiu, naturalmente, para um maior dinamismo do mercado de trabalho, mas os níveis de desemprego continuam a ser preocupantes, e a respetiva taxa (13,3%) situou-se acima da média nacional.

Mais informação sobre o PO Algarve 21 e outros assuntos podem ser consultados no boletim Algarve Conjuntura nº 9  disponível na Internet em www.ccdr-alg.pt.

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