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Sul InformaçãoMove-os a vontade de ajudar o próximo e garantir que todos possam ter pelo menos uma boa refeição por dia, uma das necessidades básicas do ser humano. Dão do seu tempo pessoal e profissional, sem esperar nada em troca, a não ser bens para o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) do Algarve e estão de novo em supermercados da região, à espera do contributo dos que puderem ajudar.

Hoje foi lançada mais uma recolha a nível nacional desta instituição que já se tornou a marca da ajuda alimentar em Portugal e em muitos países. Numa altura de crise, são cada vez mais as famílias a necessitar de apoio para garantir comida na mesa, mas são também cada vez mais aqueles que querem dar o seu contributo.

O BACF do Algarve parte para esta nova jornada de solidariedade com a maior adesão de voluntários desde que foi fundado, há quatro anos. Ao mesmo tempo, vai estrear novo equipamento, oferecido por beneméritos.

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No programa radiofónico «Impressões», dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM, o coordenador geral e a coordenadora logística do BACF do Algarve Nuno Alves e Ida Martins, fizeram questão de frisar o envolvimento cada vez maior da sociedade civil.

A passadeira rolante que hoje e amanhã vai ajudar no trabalho de triagem das centenas de toneladas que se espera recolher e levar para a sede desta entidade na região, em Faro, foi oferecida por estrangeiros residentes no Algarve que se aproximaram recentemente do Banco Alimentar para conhecer melhor o trabalho que faz e não quiseram ficar de fora.

A história desta passadeira rolante, bem como dos 210 novos contentores de armazém, da máquina de lavagem industrial, de material informático e de uma carrinha frigorífica têm um denominador comum: foram oferecidas ao BACF do Algarve por grupos de cidadãos que se uniram para ajudar esta causa.

«No final do ano passado, a comunidade estrangeira residente no Algarve começou a abordar-nos, para saber quem nós éramos. Um grupo, ao início pequeno, de estrangeiros residentes começaram a conhecer o nosso trabalho, angariaram eles próprios alguns fundos. A partir daqui procurámos nós, ativamente, ir à procura de instituições de estrangeiros residentes», disse Nuno alves, que adiantou que também já houve grupos de cidadãos portugueses que se mobilizaram para angariar material.

O envolvimento de mecenas está a permitir que o trabalho da instituição seja cada vez mais eficiente e, acima de tudo, está a abrir portas para que o montante de alimentos distribuídos anualmente aumente. Com o equipamento devido, que já foi em parte garantido, o BACF do Algarve poderá recolher, conservar e distribuir alimentos que necessitem de refrigeração.

«Temos, neste momento, praticamente fechada a oferta de uma câmara frigorífica para a nossa sede e temos outra em negociação, revelou Nuno Alves. Com isto ficam cobertas as necessidades de frio para o armazém, mas são necessárias «mais duas carrinhas frigoríficas além da que já existe, para fazer a recolha e a distribuição».

A capacidade de receber produtos refrigerados e até congelados, «o próximo passo» segundo Ida Martins, permitiria ao Banco Alimentar algarvio aproximar-se ainda mais do objetivo primário deste tipo de entidade, o combate ao desperdício.

«A luta contra o desperdício é um trabalho de casa que tem de ser feito por cada Banco Alimentar em cada região, através de contactos com a indústria alimentar, com a agricultura e as pescas e a distribuição. A ideia é garantir que todos os excedentes destas indústrias, em vez de serem destruídos ou levar um caminho menos adequado, possam e devam ser entregues ao Banco alimentar», explicou Nuno Alves.

O BACF do algarve já distribui 600 toneladas de alimentos anualmente, parte dos quais são obtidos fora da campanha. «A percentagem daquilo que é recolhido nas duas campanhas tem vindo a diminuir, apesar de termos vindo sempre a aumentar o número de alimentos recolhidos nestas ações», disse.

Ainda assim, o volume de alimentos «ainda não é suficiente» para dar resposta a todas as solicitações e há mesmo uma lista de espera de 12 instituições.

O Banco Alimentar do Algarve funciona exclusivamente com voluntários e as suas despesas são custeadas na íntegra por empresas e cidadãos. A Câmara de Faro também dá um apoio importante, com a cedência do espaço que serve de sede à entidade e de um funcionário camarário, que está afeto ao armazém do BACF.

Recentemente, contou Nuno Alves, a instituição falou com os 16 presidentes de câmara da região e pediu uma ajuda anual «de 250 euros», para ajudar nos custos fixos, que se ficam por 8 mil euros por ano. «Todos disseram imediatamente que sim. Mas, até hoje, só recebemos o apoio de duas autarquias», contou.

 

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