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Sul InformaçãoA Estradas de Portugal está «a enganar os algarvios» com o anúncio que fez de que a requalificação da EN125 iria ser retomada, já que a obra, tal como avançará, não vai «beneficiar» a região, considerou esta quinta-feira o presidente da Câmara de Loulé.

Em causa, as muitas obras que caíram e a desafetação de 150 quilómetros de estrada da concessão Rotas do Algarve Litoral (entre Olhão e Vila real de Santo António), associado aos «929 milhões de euros» que a empresa irá gastar nessas intervenções e na A22, nos próximos 10 anos. À partida e pelo que lhe foi dado a conhecer do «opaco» contrato desta Parceria Público Privada, Vítor Aleixo exige que sejam abolidas as portagens na Via do Infante, considerando que o Estado falhou no compromisso assumido com a região.

«Não tenho dúvidas que os algarvios e os agentes económicos da região foram enganados por este anúncio», afirmou o edil louletano, numa conferência de imprensa. «O que seria decente, da parte do Governo, era a abolição imediata das portagens na Via do Infante», já que «a contrapartida anunciada, a requalificação integral da 125, não vai acontecer».

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«A renegociação apresentada resulta de uma redução drástica das obras na EN125. Era suposto que, no final destas obras, fosse uma via segura, em que os automobilistas pudessem transitar em segurança. Isso não vai acontecer, após o que foi anunciado pelo presidente das Estradas de Portugal. Assim, há uma quebra do compromisso entre o Estado Português e os cidadãos do Algarve», acrescentou o autarca, aos jornalistas, à margem da conferência.

Vítor Aleixo: “A pergunta que se coloca, neste momento, é quanto desse dinheiro é para pagar indemnizações à concessionária”

Vítor Aleixo considerou, ainda, que o modelo de negócio associado a estas obras é «obscuro». «Depois desta renegociação, ainda vão ter de ser pagos 929 milhões de euros. E o que nós não sabemos é o que é relativo à EN125 e o que é relativo à A22. Nestas matérias, não pode haver falta de clareza», acrescentou, considerando este valor «excessivo».

Para o edil, «os algarvios têm todo o direito de saber o que é que vai pagar o quê. Porque a pergunta que se coloca, neste momento, é quanto desse dinheiro é para pagar indemnizações à concessionária, que não vai poder completar a obra na EN125 como estava inicialmente previsto».

Outra questão levantada por Vítor Aleixo é a obra que será, efetivamente, realizada no terreno. «Muitas das intervenções inicialmente previstas, simplesmente, não serão feitas, como é o caso da EN 396 entre Loulé e Quarteira. Mesmo na área concessionada, entre Vila do Bispo e Olhão, não sabemos se as obras serão feitas de acordo com os projetos iniciais», salientou.

Certas, só mesmo as obras nas três Variantes (Faro, Lagos e São Lourenço-Almancil) que já haviam sido lançadas e a intervenção ao longo da EN125 na área concessionadas. «Uma coisa vos posso garantir: os presidentes de Câmara têm em mãos esses projetos e vamos estar muito atentos para ver se essas obras que serão feitas vão cumprir os projetos iniciais», assegurou.

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