Polícia Marítima auxilia veleiro em dificuldades após «interação» com orcas ao largo de Sines

Leme da embarcação ficou partido

Um veleiro de bandeira francesa, com três tripulantes a bordo, que estava em dificuldades a cerca de 30 milhas náuticas (aproximadamente 55km) de Sines, após uma interação de um grupo de orcas com a embarcação ter danificado o leme, deixando-a sem governo, foi ajudado pela Polícia Marítima na madrugada de sábado.

O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa) recebeu o pedido de ajuda cerca das 4h30 da madrugada de dia 14, tendo informado de imediato a Polícia Marítima.

Chegados ao local, as autoridades confirmaram que o leme estava partido, estando o veleiro sem capacidade de governo, tendo procedido ao reboque da embarcação para o porto de Sines, por questões de segurança.

O veleiro atracou em segurança naquele porto da Costa Alentejana pelas 14h15 de sábado, não tendo sido necessário prestar assistência aos tripulantes do veleiro.

O Comando-local da Polícia Marítima de Sines tomou conta da ocorrência.

A Autoridade Marítima Nacional reforça a recomendação a todos os navegantes para que, em caso de avistamento destes mamíferos, seja desligado o motor, por forma a inibir a rotação da hélice, e se imobilize a porta do leme, desmotivando assim estes mamíferos a interagir as estruturas móveis das embarcações.

A Autoridade Marítima já tinha alertado que ​a interação com estes cetáceos ocorre sobretudo «devido ao comportamento curioso de orcas juvenis», que são «atraídas pelas estruturas móveis e ruidosas das embarcações, como o leme e a hélice», e «podem aproximar-se excessivamente das embarcações e embater nas estruturas móveis, com probabilidade de rutura total ou parcial do leme».

 

 



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