A sétima edição do festival de caminhadas e arte de Barão de São João, que decorreu de 1 a 3 de novembro, contou com 950 participantes.
Foram três dias repletos de atividades como caminhadas, passeios temáticos, percursos de BTT, workshops, atividades para crianças, sessões de bem-estar, culinária, poesia, concertos e, claro, a instalação artística, que voltou a animar a aldeia.
«Mais de metade das atividades programadas acabou por esgotar, mesmo com alguma chuva no primeiro dia do evento», salienta a organização, a cargo da associação Almargem.
Houve um total de 1.850 inscrições nas 118 atividades programadas, o que significa que «muitos participantes optaram por desfrutar de mais do que uma atividade».
O festival voltou também a afirmar-se como encontro de culturas: os 950 participantes distribuem-se por 30 nacionalidades distintas, de quatro continentes, um número que mostra ainda mais diversidade do que na edição anterior.
A 7ª edição do festival e o impacto que este tem tido em Barão de São João deram o mote para uma conferência inaugural, sobre o tema “Festivais de caminhadas: o que mudou no Algarve?”, que decorreu no edifício “A Paragem”.
Além da apresentação das datas dos próximos festivais de caminhadas que integram o calendário Algarve Walking Season, houve tempo para um debate sobre o papel destes eventos e do turismo de natureza no desenvolvimento sustentável do interior.
A conferência abriu com a atuação surpresa do Coro Primavera, um momento em que a comunidade estrangeira residente presenteou a plateia com algumas músicas tradicionais portuguesas.
Nesta edição, a já habitual instalação artística reuniu 17 artistas locais, autores das 25 obras expostas em vários pontos da aldeia e da mata. O percurso inaugural da instalação teve lugar no primeiro dia do evento, e foi, como sempre, um momento de encontro e partilha em que os artistas, que conduziram a visita guiada, deram aos visitantes uma visão pessoal das suas criações.
Este ano, o tema escolhido foi a “Liberdade”, e inspirou aos artistas obras com abordagens e técnicas muito diferentes, explorando desde as dimensões íntimas e criativas às que incidem em temas sociais e políticos
Esta edição fica também marcada por três concertos. A igreja de Barão de São João encheu e rendeu-se à atuação da Orquestra Juvenil de Guitarras do Algarve no final do dia de sábado.
À noite, foi a vez de Josephine Nightingale encantar a plateia do Centro Cultural de Barão de São João com a sua voz quente e a profundidade do soul. Na tarde de domingo, foi a vez de ouvir Gustavo Miranda e a sua guitarra, no Restaurante Beco do Sol.
Várias novidades do programa revelaram-se um sucesso entre os participantes o workshop de teatro, a pintura com técnica de pontilhismo, a oficina de upcycling, a pirogravura em bambu, a dança extática na floresta ou as sessões de meditação.
Uma das novas atividades que suscitou muita curiosidade foi o workshop de borboletas noturnas, durante o qual foram identificadas 30 espécies diferentes – uma prova da biodiversidade da Mata de Barão de São João.
O Centro Cultural de Barão de São João voltou a ser o ponto crucial de encontro e convívio. Além de ali funcionar o secretariado do festival, foi renovado o espaço onde artesãos e pequenos produtores locais puderam expor e vender os seus produtos.
O festival do próximo ano já tem data marcada: regressa de 7 a 9 de novembro e promete «voltar a surpreender com novidades».
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