Elidérico Viegas, fundador e histórico presidente da AHETA (Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve), morreu esta quinta-feira, 7 de Novembro, aos 74 anos.
A informação foi avançada pela AHETA que, num comunicado, lamenta o falecimento do criador da associação.
Em declarações ao Sul Informação, Hélder Martins, atual presidente da AHETA, lamentou profundamente a morte de Elidérico Viegas, o homem a quem sucedeu.
«É uma perda irreparável. Foi alguém que deu tudo pelo turismo algarvio, que criou a AHETA e lhe deu a projeção que tem hoje», disse.
Num comunicado publicado nas redes sociais, a AHETA também já expressou o seu «profundo pesar» pela morte do fundador.
«O seu legado e dedicação à nossa associação e à comunidade são imensuráveis e serão lembrados com carinho e gratidão por todos nós», lê-se.
O funeral será realizado esta sexta-feira, 8 de Novembro, a partir das 10h00, na Igreja de São Luís, em Faro.
O fim do “consulado” de Elidérico Viegas na AHETA ficou marcado pela polémica.
Em 2021, o empresário demitiu-se, depois de ter sido chamado pelos demais membros da direção da AHETA para explicar umas declarações prestadas ao Jornal i, nas quais punha em causa a veracidade da atribuição de prémios do turismo, como o de “Principal Turismo de Praia da Europa” que o Algarve já recebeu.
Elidérico Viegas nasceu no Barrocal profundo, em Paderne, concelho de Albufeira.
Frequentou o ensino secundário na Escola Industrial e Comercial de Faro, (EICF), atual Tomás Cabreira, tendo finalizado o Curso Geral do Comércio e frequentado a Secção Preparatória. Iniciou-se na atividade turística muito jovem, após frequentar um curso de turismo na Escola Hoteleira do Algarve, numa altura em que ainda não havia hotéis na região.
Desempenhou cargos de rececionista, chefe de receção, subdiretor e diretor de hotel. Era graduado em Gestão Hoteleira e possuía vários cursos de gestão e marketing na área do turismo.
A partir dos 25 anos de idade, iniciou-se no mundo empresarial no turismo e em outros setores de atividade, razão pela qual, desde muito jovem, foi convidado a desempenhar lugares de dirigente associativo, quer em estruturas regionais quer nacionais. Esteve intimamente ligado à afirmação e consolidação turística da Praia da Oura durante mais de 30 anos.
Foi fundador e dirigente de várias organizações associativas empresariais no Algarve e no país.
Em Novembro do ano passado, Elidérico Viegas lançou o seu livro de memórias “Guiné 1971-1972-1973: A guerra que a história quer esquecer”, editado pela Arandis, num evento que teve lugar na Biblioteca Municipal de Faro.
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