Dia do Agrupamento de Escolas João da Rosa comemorou as «Histórias que nos ligam»

Foi um dia intenso, envolvendo toda a comunidade educativa do agrupamento olhanense

O Dia do Agrupamento de Escolas João da Rosa, de Olhão, foi celebrado a 22 de novembro, numa tradição que se repete há vários anos.

A data oficial, 15 de novembro, remonta ao momento em que, em 1808, o Príncipe Regente D. João, futuro D. João VI, concedeu ao lugar de Olhão o título de Vila da Restauração, em reconhecimento pelos corajosos marinheiros que, meses antes, tinham partido da localidade e atravessado o Atlântico, para dar a boa nova da expulsão dos franceses, à corte portuguesa fixada no Brasil, reconhecendo ainda as gentes do lugar de Olhão que, em junho desse ano, se tinham revoltado e lutado contra o invasor.

Este Dia do Agrupamento foi «marcante para a comunidade, com o envolvimento de todos nas diversas atividades que se realizaram no espaço escolar, em salas, nos corredores, nos clubes, na biblioteca, nos átrios, no pavilhão gimnodesportivo, no espaço circundante ao agrupamento, onde decorreu o corta-mato, e ainda no Auditório Municipal de Olhão, com a cerimónia oficial de entrega dos prémios de excelência, de valor e de mérito desportivo dos alunos do ano letivo transato», explica a equipa organizadora.

O evento começou com o Corta-Mato, organizado pelos professores de Educação Física, uma prova de corrida na qual os alunos, escalonados por idades, competem para uma chegada ao pódio.

Como sempre, este ano houve a participação de alunos de todos os ciclos de escolaridade e os resultados encontram-se numa das fotos publicadas.

A manhã do Dia do Agrupamento foi animada com as diferentes atividades dinamizadas pelos diversos departamentos, tendo professores e alunos trabalhado em conjunto e contribuído para o sucesso do evento.

Muitas foram as contribuições dos alunos: apresentações orais das disciplinas de Inglês, Espanhol e Português, o bowling das Torres-Eiffel e Arcos do Triunfo, os imensos jogos e desafios disponíveis, as experiências relacionadas com as disciplinas de Ciências, Físico-Química e Geografia, tais como exploração de mapas e globos, observação de plâncton marinho ao microscópio e à lupa binocular.

Destaque ainda para a possibilidade de os alunos se vestirem com roupas de época, através do clube de História, a leitura de contos, as exposições, os ateliers, os concursos, os desafios de programação na área das TIC, as bancas com todo o tipo de iguarias, em que se destacaram a confeção e venda de crepes, assim como produtos alimentares grelhados em carvão, e uma quermesse, entre tantas atividades aliciantes.

«Foi um regalo observar com que entusiasmo todos participaram», salienta o Agrupamento de Escolas.

 

 

No Auditório de Olhão, as atividades de encerramento do Dia do Agrupamento marcaram «o culminar de uma jornada plena de celebração e orgulho comunitário».

Tudo começou com um acolhedor coffee break, preparado e servido pelos alunos dos cursos CEF de Mesa e Bar, cuja hospitalidade proporcionou um momento de partilha e convívio entre todos os presentes.

Ao entrar no espaço do auditório, o público foi recebido por uma atmosfera vibrante. A cerimónia, cuidadosamente orquestrada, integrou dois momentos de destaque: a entrega dos prémios de valor, excelência e mérito e uma sequência de performances artísticas que, com subtileza e brilho, intercalaram a atribuição das medalhas.

De forma envolvente, alunos de todas as etapas de ensino — desde o 1.º ciclo ao 3.º ciclo — foram honrados no palco, recebendo as suas medalhas das mãos dos diretores de turma do ano letivo anterior.

«Este momento, repleto de simbolismo e emoção, foi intensificado pela presença orgulhosa das famílias, que, com olhares cúmplices e corações preenchidos de alegria, testemunharam os seus jovens a alcançar o centro das atenções e do reconhecimento».

Segundo Luís Felício, diretor do Agrupamento de Escolas João da Rosa, esta foi «uma oportunidade para premiar os alunos que se destacaram nos seus desempenhos escolares, desportivos e comportamentais, reconhecendo o mérito e a dedicação como pilares do sucesso educativo».

As atuações artísticas, que abrilhantaram ainda mais a cerimónia, revelaram a diversidade de talentos da comunidade escolar.

Entre elas, destacaram-se peças de teatro cativantes, interpretações musicais — tanto individuais quanto em grupo — e apresentações oriundas da escola e do conservatório, todas enriquecidas por surpresas que arrancaram aplausos entusiásticos da plateia.

«Cada performance não só enalteceu a criatividade e a dedicação dos alunos, como também se revelou uma ode ao esforço e à paixão que sustentam a educação e a cultura», salienta o Agrupamento.

O evento foi conduzido com mestria pelos alunos do 9.º ano, que, assumindo o papel de anfitriões, demonstraram maturidade, eloquência e um espírito de liderança admirável.

Sob a luz dos holofotes, o auditório tornou-se o palco não só de um espetáculo, mas também de um testemunho vivo do potencial transformador da educação e do papel central da escola enquanto núcleo agregador da comunidade.

Assim, o Dia do Agrupamento «despediu-se com uma nota de excelência, deixando em todos os presentes uma memória inesquecível de celebração e união, um verdadeiro tributo ao empenho e ao mérito que definem o espírito desta instituição».

Ana Isabel Santos, professora que coordenou a equipa de organização do evento, destacou «a satisfação demonstrada por alunos, pais e pela comunidade educativa neste dia».

Referindo que a articulação, realizada com o apoio dos coordenadores de departamento, foi «essencial para garantir que tudo decorresse dentro do previsto», a professora acresentou que «um dos objetivos fundamentais foi a valorização dos alunos, tanto os que receberam prémios de excelência, valor e mérito desportivo, como os que participaram na organização das atividades matinai».

Estes eventos, sublinhou, são importantes «para fomentar a partilha entre jovens e unir a comunidade escolar. O envolvimento direto dos alunos nas atividades enriquece as suas aprendizagens, refletindo-se tanto na motivação quanto na criatividade que trazem para a organização».

Segundo a professora, estas experiências «fortalecem o sentido de pertença e o entusiasmo dos alunos, que percebem que o esforço e a união dão frutos».

Já a pensar no próximo ano, considerou que o espetáculo da tarde poderia ser mais curto, mas reafirmou a importância de «dar a todos a oportunidade de brilhar, seja em palco, seja nas atividades».

A mensagem que deixa à comunidade é clara: «o trabalho compensa e a colaboração multiplica os resultados, sendo o verdadeiro motor para o sucesso e a união».

A equipa de reportagem, composta pelas professoras Ana Pratas, São Gaspar e Mónia Mesquita, foi responsável pela cobertura do evento.

Durante o dia, registaram os momentos através de fotografias e vídeos, incluindo imagens aéreas captadas pelo chefe de secretaria Miguel Nascimento, cujo contributo com o drone trouxe uma perspetiva singular à comemoração.

Por questões de autorização de imagem, muitas fotografias e vídeos não poderão ser publicados, mas há mais informação aqui, no site da escola.

Contudo, todas as entrevistas estão disponíveis na plataforma do Spotify no Podcast “Se comparten ideas”, episódio 5, sob o título de «Dia do Agrupamento: Histórias Que Nos Ligam» (ver abaixo).

Estas palavras, recolhidas com dedicação pelos alunos do 8ºF e trabalhadas pela equipa de reportagem, são uma janela aberta para a essência do espírito comunitário que marcou o Dia do Agrupamento.

 

 


Agrupamento promove «espírito de comunidade»
A professora Cristina Madeira está no Agrupamento de Escolas João da Rosa desde a fundação, sendo, por isso, uma das figuras mais experientes.

Cristina Madeira partilhou reflexões profundas sobre a evolução da escola e as memórias que guarda com carinho. Destacou o crescimento e as adaptações ao longo dos anos, sempre com o objetivo de melhorar e responder às necessidades da comunidade educativa.

Recordou, com saudade, os momentos iniciais em que professores e funcionários almoçavam juntos no refeitório, criando laços num ambiente de verdadeira convivência.

Entre os episódios marcantes, mencionou o projeto “Olhão e os Franceses”, idealizado pelo professor Luís, que, ao longo de várias edições, envolveu a comunidade escolar e se tornou uma referência na história do agrupamento.

A professora Cristina destacou ainda colegas como Emília e Nélia Estêvão, que estão no agrupamento desde 1997, simbolizando a continuidade e o compromisso com a educação.

Curiosidades como os trajes do desfile de “Olhão e os Franceses” ilustram o dinamismo e a riqueza da vida escolar. Para ela, a escola é muito mais do que um espaço de ensino, é um lugar onde a união e o espírito de pertença prevalecem, o que ela classificou como “vestir a camisola”.

Ressaltou também a importância das visitas de estudo, que oferecem a muitos alunos a oportunidade de vivências que talvez nunca tivessem, como conhecer um museu pela primeira vez.

Cristina Madeira sublinhou ainda a relevância de eventos como a festa do agrupamento, que vão além do complemento ao ensino formal, sendo «momentos de aprendizagem e crescimento para a vida».

Por fim, apontou como o agrupamento se distingue pela «sua abertura à diferença e pela aceitação, promovendo um espírito de comunidade que fortalece as relações e contribui para o desenvolvimento integral de todos os envolvidos».

 

 

O podcast “Dia do Agrupamento: Histórias Que Nos Ligam” reúne momentos marcantes da celebração anual do Agrupamento João da Rosa. Passado na sede do agrupamento, pela manhã e no Auditório de Olhão, à tarde, é um episódio especial e bilingue — em português, para todos entenderem, e em espanhol, para desenvolver competências linguísticas. São entrevistas inspiradoras, relatos emocionantes e memórias únicas, celebrando «a união, o talento e o compromisso da comunidade escolar».

 



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