Algarve 2020 chegou ao fim de olhos postos nos desafios do 2030

O evento de encerramento do Algarve 2020 aconteceu na tarde desta terça-feira, 26 de Novembro, no Cineteatro Jaime Pinto, em São Brás de Alportel

O balanço «é positivo» até porque se conseguiu executar a totalidade dos 318 milhões de euros. O CRESC Algarve 2020 chegou ao fim, com melhorias em áreas fulcrais como as qualificações, a educação e a cultura. Agora, é tempo de olhar para o próximo programa operacional, no qual a sustentabilidade terá um peso forte. 

O evento de encerramento do Algarve 2020 aconteceu na tarde desta terça-feira, 26 de Novembro, no Cineteatro Jaime Pinto, em São Brás de Alportel, ele próprio um exemplo, uma vez que foi renovado com apoio de fundos comunitários.

O momento serviu para se falar do que foi este programa operacional, da semente que deixou na região, pela voz tanto de atuais responsáveis como de antigos presidentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, a entidade gestora do Algarve 2020.

Em declarações aos jornalistas, Aquiles Marreiros, vogal executivo deste programa operacional, explicou que, «apesar de ter sido muito difícil», o balanço «é positivo».

«Viemos de uma crise, junto de outras crises, registámos uma evolução favorável até 2020 e veio uma pandemia bruta que mexeu com a execução do programa», enquadrou.

Ainda assim, o Algarve «assumiu em pleno a dotação que tinha programada: 318 milhões de euros».

«Executámos em pleno tanto o FEDER como o Fundo Social Europeu. Estamos com uma taxa de execução que supera em dois pontos percentuais os 100% para nos dar margem para, em período de encerramento, absorvermos eventuais quebras de execução e auditorias. Toda a despesa inerente já foi certificada perante Bruxelas», disse.

No que toca a realizações, segundo Aquiles Marreiros, foram alcançados «marcos muito significativos».

«Nas qualificações, fizemos um trabalho muito bom, mas não conseguimos atingir a meta nacional: a evolução que foi registada foi muito significativa, ainda assim. Diplomados na região, que era outra missão, também aumentámos e estamos a aproximar-nos daquele que é o desígnio nacional», acrescentou.

De resto, no que toca ao objetivo de diminuir a taxa de abandono escolar, o Algarve continua a ter a maior do país (16%), o dobro da média nacional, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

 

 

Segundo os dados apresentados durante a sessão de encerramento, a taxa de cobertura do ensino pré-escolar aumentou para 93%, foram apoiadas 377 pequenas e médias empresas da região, foram criados 1330 novos empregos, renovadas 261 salas de aula e criados cinco novos espaços culturais.

A própria «valorização do território», com obras, também foi «um caso sintomático», bem como a aposta grande em equipamentos hospitalares para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), através, por exemplo, do angiógrafo ou do apoio ao projeto do Centro de Simulação Clínica do Algarve Biomedical Center, na Universidade do Algarve.

Também em declarações aos jornalistas, José Apolinário, presidente da CCDR/Algarve, vincou que, no fim do Algarve 2020, a região conseguiu «aumentar o seu contributo em termos de PIB nacional de 4 para 5%».

«A economia gerada na região representa agora 5% do PIB de Portugal», enquadrou Apolinário.

O responsável sublinhou também a importância do Algarve 2020 para o reforço das respostas da região em «matéria de cuidados próximo das estruturas de serviços públicos», por exemplo na educação, com «um forte investimento em escolas».

A isto juntou-se o apoio à cultura, «com destaque para o Centro Interpretativo dos Descobrimentos, na Fortaleza de Sagres», a requalificação do Castelo de Alcoutim ou a construção do passadiço de Alferce e o apoio à requalificação dos mercados municipais.

Findo o Algarve 2020, a região já está de olhos postos no próximo programa operacional e no qual a sustentabilidade terá um papel essencial.

«Teremos 66 milhões de euros para a questão a água. Os desafios que teremos serão precisamente a água, a melhoria dos cuidados de saúde, mas também o investimento nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais. Temos de ter mais formação em ensino superior e contamos com a Universidade do Algarve nesse propósito», concluiu José Apolinário.

 

 

Leia mais um pouco!
 
Uma região forte precisa de uma imprensa forte e, nos dias que correm, a imprensa depende dos seus leitores. Disponibilizamos todos os conteúdos do Sul Infomação gratuitamente, porque acreditamos que não é com barreiras que se aproxima o público do jornalismo responsável e de qualidade. Por isso, o seu contributo é essencial.  
Contribua aqui!

 



Comentários

pub