Projeto Climathon arranca nos municípios de Silves e Cuba

Climathon é uma metodologia de consulta, debate e participação pública aberta a todos os cidadãos e a todas as faixas etárias

O projeto Climathon – Maratona pelo Clima, financiado pelo programa “Ação climática e participação pública” da Fundação Calouste Gulbenkian, para envolver a população como parte essencial no processo de decisão sobre o que fazer em relação às alterações climáticas, arranca em dois municípios parceiros: Cuba (Alentejo) e Silves (Algarve).

A origem do projeto, promovido pela associação ambientalista ZERO, «parte da necessidade identificada de existir um envolvimento mais aprofundado, contínuo e prolongado das populações na definição dos planos municipais, no sentido de atempadamente informar, sensibilizar e ouvir as populações locais para fomentar uma transição verde que seja inclusiva e justa», explicam os promotores.

Baseado no conceito de hackathon (eventos de desenvolvimento ultrarrápido de projetos informáticos), o Climathon é uma metodologia de consulta, debate e participação pública aberta a todos os cidadãos e a todas as faixas etárias, com o objetivo de envolver a população na responsabilidade ambiental e climática dos Municípios, sem assumir que tenham de saber alguma coisa ou ser especialistas em alterações climáticas.

Em suma, a Maratona pelo Clima consiste em três sessões de participação pública, que ocorrerão em três sábados diferentes, a começar já no dia 26 de Outubro, das 10h00 às 13h00, em Silves, seguidas de um almoço convívio aberto a todos os participantes.

Estas sessões terão o foco em tornar acessível o conhecimento científico por detrás das alterações climáticas e, simultaneamente, criar um ambiente informal para fomentar uma participação positiva, construtiva e sem julgamentos.

Durante as três sessões, serão dinamizados exercícios, maioritariamente em grupo, para desbloquear ideias e conceitos, inicialmente com o objetivo de capacitar, de forma a culminar na criação e apresentação de propostas concretas para serem implementados num futuro próximo por cada um dos executivos municipais.

 

Três sessões e um quadro de monitorização

«As alterações climáticas são uma realidade e estão a afetar-nos a todos, mas nem todos sabemos as causas e consequências desta crise ambiental que enfrentamos. A primeira sessão tem como objetivo desenvolver o conhecimento coletivo com a ajuda de facilitadores e especialistas, para perceber em que áreas se pode fazer a diferença», salienta a ZERO.

A segunda sessão tem como objetivo co-criar soluções específicas e adaptadas à realidade do município. Tendo em conta que a ciência por detrás das alterações climáticas é clara, mas as soluções normalmente geram muitas discussões, criaremos, com o conhecimento e acompanhamento de facilitadores, novas ideias para tornarmos o município mais resiliente.

Com ideias baseadas simultaneamente na ciência e na realidade do município, chega a fase final, torná-las política pública. A terceira sessão tem como objetivo finalizar as ideias e apresentá-las à Câmara Municipal para que juntos, em compromisso, sejam implementadas.

Por fim, no website do projeto, conseguir-se-á ver um quadro de monitorização, também conhecido como dashboard, para os participantes e a população geral poder acompanhar o ponto da situação da implementação de cada uma das propostas aceites pela Câmara Municipal.

 


Em parceria com os municípios da Cuba e de Silves, a ZERO pretende desenvolver sessões que decorrerão:
● Em Silves, no Centro de Estudos Luso-Árabes e Mediterrânica, das 10h00 às 13h00:
– 1ª sessão: 26 de outubro
– 2ª sessão: 30 de novembro
– 3ª sessão: 18 de janeiro

● Em Cuba, no Museu Literário Casa Fialho d’Almeida, das 10h às 13h:
– 1ª sessão: 23 de novembro
– 2ª sessão: 11 de janeiro
– 3ª sessão: 15 de fevereiro

As inscrições estão abertas, têm vagas limitadas e podem ser realizadas através do website.

 



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