É a indústria do turismo de massas o motor que arrasta a região
É evidente que as infraestruturas e os equipamentos estão sob grande pressão
É o AL que, em boa medida, resgata uma parte substancial do edificado em ruína
É preciso identificar e restringir as externalidades negativas da turistificação
É preciso respeitar a ecologia da paisagem e os recursos naturais
É sabido que existem muitas formas de diferenciar o turismo de massas
É preciso evitar a gentrificação da população mais idosa
É preciso evitar que o AL penetre os condomínios privados
É preciso evitar a colisão entre os vários destinos e consumos de água
É preciso evitar a expansão do imobiliário turístico para os solos de qualidade
É preciso evitar o ruído ensurdecedor de alguns rooftops
É preciso evitar o cheiro a urina pelas ruas das cidades
É preciso evitar as trotinetas espalhadas um pouco por todo o lado
É preciso evitar os buracos e as pedras espalhadas pelo pavimento
É preciso evitar que a saturação do trânsito provoque cada vez mais acidentes
É preciso evitar o uso abusivo do estacionamento reservado aos residentes
É preciso regular a pressão imobiliária sobre os residentes
É preciso regular a inflação sazonal pressionada pela turistificação
É preciso evitar que o turismo se converta numa indústria monopolista
É preciso evitar a periurbanização e a guetização dos casais mais jovens
É preciso evitar que o turismo empobreça uma parte importante da população
É preciso evitar que a gentrificação provoque a industrialização da velhice
É, porém, este o AL – GARVE que viverá, doravante, o dilema do prisioneiro.
Autor: António Covas é Professor Catedrático Aposentado da Universidade do Algarve
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