Vai ser uma estreia no Algarve, com dois espetáculos que desafiam a gravidade. A espetacularidade do novo circo vai deixar Portimão em suspensão, nos dias 20 e 21 de Setembro, à boleia da companhia Rhizome.
Esta é mais uma iniciativa que integra a programação artística que celebra o centenário de Portimão, preparada pelo Lavrar o Mar, com organização da Câmara de Portimão.
Em declarações ao Sul Informação, Giacomo Scalisi, um dos programadores, explicou como esta será «a primeira vez» que a companhia francesa vem no Algarve, depois já ter estado «em Serralves [Porto] no passado».
«Estes são dois espetáculos diferentes, mas que têm o mesmo mote: a suspensão e a gravidade», acrescentou.
Assim, e em ambos os dias, o final de tarde na zona ribeirinha de Portimão (19h00) será marcado pelo espetáculo a solo “Horizon”, durante o qual Chloé se suspende e a tudo o que a rodeia para provocar uma nova perspetiva, restando apenas o seu corpo, uma estrutura metálica, o ar e a gravidade.
Já em “La Spire”, algumas mulheres habitarão uma imensa espiral, formando três laços sucessivos com sete metros de diâmetro e 18 de comprimento, onde inventam jogos e ligações.
A apresentar nas noites de 20 e 21 de Setembro, a partir das 21h30, este espetáculo foi imaginado como um desenho traçado no espaço e vai encher de espanto e admiração quem se deslocar à Praça 1º de Maio, em frente ao edifício dos Paços do Concelho de Portimão.
“La Spire” nasceu do desejo de Chloé em implantar a suspensão no cenário de um céu partilhado por todos e imaginado pela artista circense como uma estrutura-escultura, ao mesmo tempo leve e monumental, na qual evoluirão as trapezistas Mathilde Van Volsem, Fanny Austry, Mélusine Lavinet-Drouet, Anna Le Bozec, Océane Pelpel, Noëmie Bouissou e Hanna de Vletter.
Estes espetáculos marcam também o início do período mais intenso de programação cultural do centenário de Portimão. Até Dezembro, segundo Giacomo Scalisi, há «espetáculos praticamente semana sim, semana não».
Entre os espetáculos previstos, estão a reposição, com uma nova roupagem, do espetáculo “Presente de César”, que já esteve no Lavrar o Mar, e que fala sobre a pesca do bacalhau ou uma criação de Madalena Victorino, chamada “Rumor” que se passará entre o campo e a cidade.
A isto, junta-se também o espetáculo “Miquelina e Miguel”, de dança, a cargo do coreógrafo Miguel Pereira, em Outubro.
E a verdade é que, até agora, todos os espetáculos estão a «correr muito bem».
«Conseguimos alargar ainda mais o nosso público: as pessoas que já iam às nossas iniciativas do Lavrar o Mar continuam a ir ter connosco agora em Portimão e temos outras novas. Por isso, só podemos dizer que está a correr muito bem», concluiu Giacomo Scalisi.
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