Geoparque Algarvensis «é da região» e tem de «ser sentido pelas comunidades»

Turismo do Algarve e AMAL assinaram com a Associação Geoparque Algarvensis protocolos de cooperação

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

Apesar de estar localizado num território que pertence a três concelhos algarvios, o Geoparque Algarvensis «tem de ser visto como um espaço da região» e «antes de ser reconhecido pela UNESCO, tem de ser sentido pelas comunidades». 

As palavras são de António Pina, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e de André Gomes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), que na passada sexta-feira, 13 de Setembro, assinaram com a Associação Geoparque Algarvensis protocolos de cooperação, comprometendo-se a trabalhar em prol do sucesso deste aspirante que quer, em breve, ser reconhecido pela UNESCO.

«Este é um projeto com muitas coisas positivas, seja ao nível da preservação daquilo que é o nosso património, seja do ponto de vista turístico da riqueza que traz no que diz respeito à diversidade da nossa oferta. Felizmente, o Algarve já há muitos anos que é mais do que sol e praia, mas, de facto, o Geoparque Algarvensis vem trazer aqui uma oferta claramente diversificada para aquilo que são as possibilidades de usufruto da nossa região e do território», começou por frisar o presidente da RTA.

Na sua opinião, é assim «muito importante que a região sinta este projeto como um todo e por isso acho este ato muito importante para demonstra que a região está com estes três municípios neste projeto».

Em representação de todos os concelhos do Algarve, António Pina assinou também este protocolo.

«Desde a primeira hora, em que este projeto nos foi apresentado pelos municípios de Albufeira, Loulé e Silves, os outros 13 disseram que sim, pois temos todos a noção de que o território Algarvio fica mais rico por podermos mostrar ao mundo, a esta comunidade de geoparques no mundo, que o Algarve também tem um sítio desses, especial, que temos todos que valorizar, cuidar, estimar, e que é também um motivo de desenvolvimento económico», afirmou o presidente da AMAL.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Localizado numa área territorial com limites bem definidos, o Geoparque Algarvensis atravessa os concelhos de Albufeira, Loulé e Silves, com interesses geológicos da serra à costa.

Através dos registos gravados nos sedimentos, rochas, fósseis, estratos, dobras, falhas e relevos é assim possível descobrir esta geodiversidade que conta com 350 milhões de anos da história da Terra e mais de 20 mil anos da história da ocupação humana.

Além de todas estas valências já mencionadas, Vitor Aleixo, vice-presidente da Associação Geoparque Algarvensis e seu porta-voz, relembrou a importância que a sustentabilidade tem para o projeto.

«É muito importante que cada pessoa que se envolve nesta equipa, agentes económicos, sociais, culturais, pessoas de todas as áreas, tenham consciência de que isto é um estatuto de salvaguarda e de proteção do planeta. O planeta tem limites, limites físicos que já ousámos ultrapassar em muitos casos e que é preciso ter a consciência de ser capaz e de poder reverter em todos os aspetos em que isso for possível. Portanto, é isso que se pede a todos nós e eu acho que nós estamos e vamos estar à altura dessa responsabilidade», reiterou o autarca louletano.

Nesta cerimónia, que decorreu a 13 de Setembro, foram ainda celebrados protocolos de cooperação com os quatro Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses (Arouca, Estrela, Naturtejo e Terras de Cavaleiros).

Presentes estiveram ainda representantes de várias entidades regionais do Algarve parceiras, como a Agência Portuguesa do Ambiente (ARH/APA), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF – Algarve), e Universidade do Algarve (CinTurs – UAlg), que também acompanha o projeto deste o início.

Além disso, o Geoparque conta com o apoio de diversos parceiros, como a Associação IN-LOCO, a Associação de Pescadores de Armação de Pêra, a Associação Recreativa “Unidos da Penina”, o projeto Loulé Criativo, e as suas sete oficinas – Caldeireiro, Casa da Empreita, Olaria, Relojoeiro, Têxteis, Casa do Esparto e Luthier – o Centro Recreativo Cerro do Ouro – Albufeira, a Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável dos Territórios de Baixa Densidade – Algarve (QRER), o Museu Municipal de Loulé e os vários polos museológicos distribuídos pelo território, o Restaurante “Flor da Praça” (Loulé), o Restaurante “Veneza” (Paderne), e de artesãos, artistas, costureiras e pescadores, entre outras comunidades locais.

Durante os dias 13 e 14 foram assim 32 as entidades que garantiram o seu apoio à Associação Geoparque Algarvensis.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

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