Associação Portuguesa de Museologia considera «injusta» suspensão do diretor do Museu do Traje

APOM veio a público defender Emanuel Sancho

A APOM- Associação Portuguesa de Museologia reagiu «com profunda inquietação» às notícias da suspensão de Emanuel Sancho no cargo de diretor do Museu do Traje de São Brás de Alportel, que consideram «profundamente injusta e desprestigiante».

Num texto publicado ontem nas suas redes sociais, a associação diz que «os colegas de Emanuel Sancho, enquanto profissionais de museus não podem ficar indiferentes a esta situação e como tal questionam o seu afastamento, bem como a elevada mediatização deste procedimento interno, levado a efeito pela Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel».

A APOM faz mesmo «um apelo junto da tutela do Museu do Traje», ou seja, a Santa Casa da Misericórdia são-brasense, «para rever este procedimento, considerando ser profundamente injusta e desprestigiante a posição tomada sobre o museólogo Emanuel Sancho».

Para a associação, Emanuel Sancho tem-se sempre pautado, «no desempenho das suas funções, como um excelente profissional de museu, facto comprovado através da atribuição do Prémio APOM 2024, como Museólogo do Ano».

«Na verdade, todo o seu trabalho desenvolvido conjuntamente com a sua equipa é bem demonstrativo do notável percurso, desde a inauguração até ao presente, do Museu do Traje», ilustra.

«Este museu, de referência ímpar no domínio da Museologia Social, (sempre próximo da comunidade, envolvendo-a ao seu território), obteve inúmeras distinções, muitas das quais se devem ao continuado empenho e à enorme dedicação do dr. Emanuel Sancho à causa pública. Na realidade, o Município de São Brás de Alportel ocupa um lugar de destaque no mapa da museologia portuguesa e, como tal, todos devemos reconhecer, que se deveu ao trabalho desenvolvido pelo museólogo Emanuel Sancho no Museu do Traje, tendo como resultado extraordinário legado museológico integrante do seu património cultural regional, nacional e internacional», conclui.

Esta reação surge já depois da Rede de Museus do Algarve se ter mostrado solidária com o museólogo.

 

 



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