O espólio bibliográfico de Bartolomeu Cid dos Santos foi doado esta semana ao Município de Tavira pela viúva do artista plástico já falecido e um dos maiores gravadores europeus, que teve oficina nesta cidade.
A cerimónia de doação teve lugar na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, com a presença de Ana Paula Martins, presidente da Câmara Municipal, Maria Fernanda Oliveira Paixão dos Santos, a viúva e doadora, e ainda José Delgado Martins, o advogado e sócio fundador da Oficina Bartolomeu dos Santos, em Tavira.
1648 documentos sobre arte, museologia, literatura e história, designados como “Biblioteca Artística de Bartolomeu dos Santos” estão, agora, oficialmente, à guarda da autarquia e contribuem para o enriquecimento do fundo documental da nossa Biblioteca Municipal.
Avaliado em cerca de 40.600 euros, é, para a Câmara Municipal, «um privilégio receber este valioso espólio».
A oficina de gravura Bartolomeu dos Santos reabriu em 2012, em Tavira, por iniciativa da viúva e de alguns amigos.
A oficina, situada num armazém adaptado das antigas escadinhas de Santa Ana, que descem do Alto de Santa Ana para o Rio Gilão, em Tavira, acolheu durante treze anos o trabalho de Bartolomeu Cid dos Santos, artista plástico e um dos maiores gravadores europeus.
Com a morte do artista, em 2008, a oficina fechou portas e assim se manteve durante quatro anos, com todo o seu equipamento e acervo, entretanto adquirido pela Casa das Artes de Tavira aos herdeiros.
A Oficina de Gravação em Tavira foi fundada em 1995 por Bartolomeu dos Santos, após a sua jubilação da Slade School of Fine Art de Londres, onde ensinou durante 30 anos.
Esta Oficina, para além da atividade própria, com cursos, edições e residências, constituiu um privilegiado ponto de encontro de artistas vindos das mais diversas paragens, até ao seu fecho em 2008, com a morte do artista plástico.
Leia mais sobre a Oficina de Bartolomeu dos Santos clicando aqui.
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