O município de Vila Real de Santo António devolveu as Armas Reais ao edifício da antiga Alfândega, no dia em que se celebraram os 250 anos da sua inauguração formal, esta terça-feira, 6 de Agosto.
O brasão, utilizado como símbolo do país durante a monarquia, foi colocado no frontão do edifício, em 1774, mas acabou por ser removido após a Implantação da República.
Ao som do hino de Vila Real de Santo António, a Banda Filarmónica de VRSA deu início ao momento solene, onde também atuou José Alegre, o primeiro licenciado em guitarra portuguesa no país.
Projetada pela arquiteta Perpétua Almeida, com o acompanhamento do professor doutor José Eduardo Horta Correia, a réplica das Armas Reais foi posteriormente produzida pelo escultor vila-realense Nuno Rufino, com vista a restituir a dignidade simbólica do edifício.
Este ato «reflete o plano de restauração do Reino do Algarve, concebido pelo Marquês de Pombal, para o extremo sotavento algarvio», afirmou o historiador Fernando Pessanha.
Na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de VRSA Álvaro Araújo, anunciou que o próximo objetivo é recuperar o edifício da antiga Alfândega para a autarquia e assim poder dar-lhe a dignidade que ele merece.
«Aquilo que é património municipal e nacional não poderia nunca ter sido retirado das mãos do município», afirmou.
O momento contou também com a presença de vários representantes das autoridades civis e militares, do vice-presidente da Câmara de VRSA Ricardo Cipriano, do presidente da Junta de Freguesia de VRSA Valentim Santos, do representante da Assembleia Municipal Manuel Mariano e do presidente da Real Associação do Reino do Algarve Alexandre Drago.
O Edifício da Alfândega foi o primeiro a ser inaugurado, durante a construção da vila, junto às Sociedades da Pesca, e divide a cidade em duas metades simétricas, rematando o conjunto com dois torreões que tinham o objetivo de vigiar o local.
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