O Comité de Proteção aos Jornalistas, em colaboração com a Federação Europeia dos Jornalistas, remeteu uma carta ao Representante dos Assuntos Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Joseph Borrell, e ao vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, a pedir a suspensão do acordo de associação entre a UE e Israel e a aplicação de sanções às forças de defesa israelitas (IDF) e a outros responsáveis.
A carta foi assinada por 60 associações sindicais e organizações europeias de jornalistas, onde se incluem países como Espanha, Luxemburgo, França, Finlândia, Bélgica, Dinamarca, Croácia, Alemanha e Portugal. O Sindicato dos Jornalistas assinou a missiva, que enviou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Rangel (PSD).
Estas organizações escrevem para solicitar que a União Europeia tome medidas contra o assassínio sem precedentes de jornalistas às mãos de Israel e outras violações da liberdade de imprensa.
Destaca-se o assassínio de mais de 100 jornalistas desde outubro, a restrição do acesso da comunicação social aos territórios em Gaza, a banição de órgãos de comunicação social, como a Al Jazeera, a aplicação de censura prévia à imprensa israelita, e o recurso à detenção arbitrária sem acusação de civis, e a alegada tortura de detidos, jornalistas e civis.
“Apesar de Israel afirmar que as suas ações procuram manter a sua população segura, a história mostra que a censura e recusa do direito à informação são o caminho errado para a paz e segurança”, lê-se na carta que está disponível aqui.
A missiva lamenta, ainda, que os governos europeus não tenham ainda condenado unanimemente os “crimes das forças israelitas em Gaza” desde o início da guerra.
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