A marchadora algarvia Ana Cabecinha atinge esta quinta-feira a sua quinta participação olímpica em Paris’2024, com o grande objetivo de concluir a prova de 20 quilómetros marcha e abraçar o seu bebé de quase três meses.
«Queria acabar a carreira em grande, aqui tão perto. E no final ter o meu filho na meta vai ser a maior recompensa da minha vida. O resultado final é o que menos me preocupa, quero é concluir a prova», sublinhou a atleta ao Sul Informação, à margem da receção aos atletas olímpicos algarvios promovida na semana passada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
Na prova, que arranca às 8h20 portuguesas, Ana Cabecinha cumprirá, aos 40 anos, a sua quinta participação olímpica, depois de ter sido oitava classificada em Pequim’2008 e Londres’2012, sexta em Rio de Janeiro’2016 e 20ª em Tóquio’2020.
A marchadora é natural de Baleizão, no distrito de Beja, e representa há décadas o Clube Oriental de Pechão. «Vou com muito orgulho representar o meu Alentejo e o meu Algarve», disse.
Ana Cabecinha teve de se preparar de forma diferente após o nascimento, no início de maio, do pequeno Lourenço, o «bebé mais novo» dos Jogos Olímpicos, declarou a marchadora.
«Fui mãe há pouco tempo e vou lá estar com o meu pequenino. Já só penso no dia da competição, em viver toda aquela emoção e adrenalina, agora bem diferentes dos outros quatro Jogos Olímpicos em que estive», assinalou.
Outro dos pontos altos deste evento para a marchadora de Pechão foi o facto de ter sido porta-estandarte portuguesa, na companhia do canoísta Fernando Pimenta, na cerimónia de abertura realizada na passada sexta-feira.
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