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Já lá vão 70 anos desde que o Mercado Municipal de Faro se instalou na atual localização, no Largo Dr. Francisco Sá Carneiro. Por aqui, passam, todos os dias, cerca de 3 milhares de pessoas e o objetivo é que as faixas etárias sejam cada vez mais diversificadas.

Nas palavras de Henrique Gomes, presidente do Conselho de Administração da Ambifaro, entidade que gere o Mercado Municipal, este é um local que «continua a significar o desenvolvimento económico, comercial e até social do concelho», porque «o mercado não é só um centro de compra, mas um local onde as pessoas se juntam para conversar e conviver».

Em entrevista ao Sul Informação, três dias após a grande celebração dos 70 anos do Mercado, Henrique Gomes frisa que, por mais que os anos passem, o que as pessoas continuam a procurar nos mercados é «autenticidade, genuinidade e o sabor intrínseco dos produtos locais» e, por isso, os negócios que por aqui vão nascendo também vão ao encontro desses valores.

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«É engraçado porque nós temos tido algumas solicitações de pessoas de faixas etárias um bocadinho mais novas e isso dá alguma esperança. Temos também feito esse trabalho, procurando ir ao encontro de novos operadores que tenham negócios capazes de atrair outro tipo de público», diz, referindo que esse «é um desafio de todos os mercados».

«Um mercado tradicional faz-se de público tradicional, mas um mercado com futuro faz-se também de novos públicos», acrescenta.

 

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Cerimónia dos 70 anos do Mercado. Foto: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 

Neste mercado, além de todos os negócios de restauração e comércio, existe também uma Loja do Cidadão, o que, na opinião do presidente da Ambifaro, é «uma sorte».

«O cidadão que precisa tratar de qualquer coisa ou de vários problemas da sua vida, vem aqui, e, numa manhã ou numa tarde, consegue resolvê-los, acabando por, se calhar, usufruir de outras valências do mercado ou fazer as compras da semana, porque também temos aqui uma grande superfície [Auchan]».

Questionado sobre os desafios desta convivência, o presidente da entidade gestora do mercado diz que «há provas dadas» de que as duas valências podem conviver porque «quem quer comprar os produtos agrícolas com uma determinada origem vem aos produtores» e para «outro tipo de compras de bens alimentares, vai às grandes superfícies».

Além disso, a existência de um parque e fáceis acessibilidades são, na opinião de Henrique Gomes, aspetos positivos para que as pessoas escolham ir ao Mercado Municipal de Faro, que, ano após ano, «procura melhorar as suas instalações».

Desde Junho do ano passado estão em curso as obras de reparação do teto do Mercado, que, de acordo com Henrique Gomes, «até ao fim do ano estão quase prontas». A açoteia está também a ser recuperada e serão instalados painéis fotovoltaicos, o parque terá via verde e carregadores para carros elétricos.

«Todas estas coisas para breve, algumas no primeiro trimestre do próximo ano e outras no segundo», afirma ao Sul Informação.

Quanto ao terraço, a ideia é que possa, futuramente, receber mais eventos como o Festival Açoteia, que juntou quase um milhar de pessoas.

«Queremos procurar também outros públicos que não são os nossos e trazer os eventos culturais para aqui», diz Nuno Miguel Silva, responsável de comunicação da Ambifaro.

Como exemplo, Nuno Miguel Silva e Henrique Gomes referem o concerto de Sara Correia, que se realizou na passada sexta-feira, 1 de Dezembro, para assinalar a festa de 70 anos do Mercado de Faro e que juntou mais de três mil pessoas.

 

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Cerimónia dos 70 anos do Mercado. Foto: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 

Além do espetáculo, as comemorações dos 70 anos ficaram marcadas por homenagens aos trabalhadores do Mercado.

A todos os operadores e negócios que transitaram da anterior infraestrutura para esta, sem interrupções, bem como aos presidentes de câmara que contribuíram para o processo até ao dia de hoje foi entregue a “Chave do Mercado”, simbolizando a entrega à instituição.

Em representação dos funcionários foi ainda homenageado João Sousa, dos serviço de manutenção.

«Nele homenageámos todos os funcionários da Ambifaro. Foi um momento particularmente tocante porque toda a gente aplaudiu de pé», conta Henrique Gomes.

Nuno Miguel Silva destaca ainda o lançamento do novo site e imagem do mercado «respeitando a história e o processo de transição e transformação».

Com os olhos postos no futuro, Henrique Gomes fala ainda dos grandes desafios de gerir um mercado com tantas valências.

«Perante o agravamento de custos, o grande desafio é chegar ao fim do ano cumprindo um plano de atividades e apresentando boas contas ao acionista. Em 2023, por exemplo, tivemos o agravamento dos custos de energia de cerca de 400%, e isto é um enorme desafio», remata.

Atualmente, o Mercado de Faro tem 66 operadores, estando apenas livres duas bancas e uma loja.

 

Fotos: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 

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