Meios de combate a incêndios reforçados com menos oito aeronaves do que no ano passado

Dispositivo de combate a incêndios rurais vai contar, a partir de hoje, com 52 meios aéreos

O dispositivo de combate a incêndios rurais volta hoje a ser reforçado pela segunda vez este ano, passando a estar no terreno 11.761 elementos e 52 meios aéreos, menos oito aeronaves do que em igual período de 2022.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a Força Aérea Portuguesa refere que o dispositivo de combate a incêndios rurais vai contar, a partir de hoje, com 52 meios aéreos, esclarecendo que estão a decorrer formalidades relativas à contratação de 20 aeronaves que vão entrar ao serviço ao longo de junho.

«À data de hoje [quarta-feira] decorrem processos de contratação ou formalidades conexas relativamente a 20 meios aéreos. Estes entrarão ao serviço ao longo do mês de junho à medida que esses processos vão sendo concluídos», precisa a Força Aérea, dando também conta que até quarta-feira estiveram disponíveis para o combate 28 aeronaves.

A Força Aérea garante que as entidades envolvidas estão a trabalhar para dispor de mais meios aéreos este ano face aos 60 do ano passado.

A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2023, apontava para o período de 1 de Junho a 30 de Setembro 72 meios aéreos, significando que hoje vão estar operacionais menos 20 aeronaves do que as inicialmente previstas e menos oito do que em igual período de 2022.

O Governo tem justificado esta situação com a falta de meios aéreos no mercado devido à guerra na Ucrânia.

Para o período de hoje e até dia 30, denominado “nível charlie”, vão estar no terreno 11761 operacionais, que integram 2550 equipas e 2585 viaturas dos vários agentes presentes no terreno.

Em relação ao mesmo período do ano passado, haverá mais 1108 operacionais, mais 26 equipas e mais 158 veículos.

Entre os meios, a DON prevê, para este período, cerca de 6471 elementos de bombeiros voluntários, 221 operacionais da Força Especial de Proteção Civil e 1784 da GNR, além dos 1784 operacionais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), nomeadamente os sapadores florestais.

No âmbito do DECIR está já em funcionamento a Rede Nacional de Postos de Vigia da responsabilidade da GNR que é composta por 77 postos de vigia para prevenir e detetar incêndios.

Os meios de combate voltarão a ser reforçados a 1 de Julho até 30 de Setembro – “nível delta”-, naquela que é considerada a fase mais crítica de incêndios e que mobiliza o maior dispositivo, estando este ano em prontidão 13891 operacionais, 3084 equipas, 2990 veículos, além dos 72 meios aéreos previstos.

Segundo a DON, os operacionais envolvidos este ano no dispositivo de combate aos incêndios rurais aumentaram 7,5% em relação a 2022.

Dados provisórios do ICNF indicam que, desde o início do ano, deflagraram 3406 incêndios rurais, que atingiram 8521 hectares, 66% dos quais referente a matos, 66% a povoamentos florestais e 4% a terrenos agrícolas.

 



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