Festival MED está «sólido, pujante» e pronto para animar Centro Histórico de Loulé

Bilhetes estão à venda

Eneida Marta – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Um MED «sólido e pujante» não só na música, mas também «nas suas outras valências», como a literatura, o cinema e o artesanato. A apresentação final do festival decorreu esta sexta-feira à noite, 2 de Junho, no Cineteatro Louletano, e contou com um concerto de Eneida Marta, a primeira confirmação para 2024.

De 29 de Junho a 2 de Julho, as músicas do mundo vão voltar a inundar o Centro Histórico de Loulé, na 19ª edição do MED que tem a consolidação como um dos motes.

«Estamos a consolidar conceitos e a dar solidez ao MED para prepará-lo para uma edição de 2024 em que fazemos 20 anos e teremos várias novidades», adiantou Carlos Carmo, diretor do festival, aos jornalistas.

No total, haverá 12 palcos no MED: nem «todos eles estrutura físicas, mas zonas de atuação». Serão 5 palcos principais e 7 secundários, estes últimos com uma dimensão mais reduzida, «mas com a qualidade igualmente elevada».

O Cineteatro Louletano volta a receber o concerto de abertura do Festival MED, na véspera do recinto abrir as portas, a 28 de Junho, às 21h00, com a estreia em Portugal da artista do Haiti/Estados Unidos, Melanie Charles. Os portadores do bilhete Festival têm entrada gratuita.

No Palco das Bicas Velhas, a curadoria é da Bóia – Associação Cultural, com um programa interdisciplinar “fora da caixa”. Aqui irão atuar Rastafogo (29 de Junho), Meta- (30 de Junho) e um live act com os brasileiros Venga Venga (1 de Julho), banda que vai estar também num dos palcos principais para um DJ set.

 

Carlos Carmo – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Figura sempre presente neste festival, o “Vagabundo” Nanook toma conta do Palco Arco nos três dias, enquanto os Amar Guitarra, outra presença quase desde a génese do Festival, regressam para animar o Palco Mercado.

Nos Palcos Matriz, Cerca, Castelo, Chafariz e Hammam irão subir ao palco os artistas Amadou&Mariam (Mali), Amaro Freitas (Brasil), AYWA (Marrocos/França), BandaAdriatica (Itália), Bandua (Portugal), Bateu Matou (Portugal), Bia Ferreira (Brasil), Bulimundo (Cabo Verde), Club Makumba (Portugal), Horace Andy (Jamaica), Lavoisier (Portugal), Omar Souleyman (Síria), Onipa (Gana/UK), Sara Correia (Portugal), Sarah McCoy (EUA), Sétima Legião (Portugal) e Pedro Mafama (Portugal).

A estes juntam-se Kabaka Pyramid (Jamaica), UDJAT convidam Pedro Jóia (Portugal), Balkan Taksim (Roménia), Nancy Vieira (Guiné-Bissau), Moonshiners convidam Samuel Úria (Portugal), Nicola Conte Umoja feat. Zara McFarlane (Itália/Reino Unido), Monda (Portugal), Poil Ueda (Japão/França), La Sra. Tomasa (Espanha), Zeca Medeiros (Portugal), DJ Nuno Galopim (Portugal), Jean Christian et le Quator des Rêve Enfouis (Canadá/Portugal), Tomoro (Japão), Caamaño&Ameixeiras (Espanha), Carpideira (Portugal), Ana Lua Caiano (Rússia/Portugal), Miguel Calhaz (Portugal), Marco Martins´Low Profile (Portugal) e Venga Venga DJ Set + Live Act (Brasil).

Uma das grandes novidades é o regresso do MED ao Café Calcinha.

Afonso Dias terá a responsabilidade ao longo de três dias, em dois momentos diários de cerca de 40 minutos, apresentar uma musicalidade diferente, de Zeca Afonso a Jacques Brel, de Carlos do Carmo à canção de protesto, por exemplo.

Já a Casa da Cultura, terá momentos literários, a cargo de Tápê, com o regresso do projeto “Poesias do Mundo”. O objetivo é que este seja um espaço de partilha e de inclusão, sempre com a palavra como mote.

Iniciativas como o MED Classic e o MED Jazz regressarão também. No que toca ao primeiro, haverá, nos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Julho, concertos do Duo Guirimbadu, Caminus Duo e Quintetango, na Igreja Matriz.

Já no dia 2, o MED Classic leva ao Palco Matriz, às 21h00, um concerto pelos alunos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, cuja formação será uma orquestra, com coro.

A curadoria será de Sérgio Leite, diretor do Conservatório de Música Professor Francisco Rosado.

Quanto ao MED Jazz, decorrerá, tal como no ano passado, nos Claustros do Convento, com o apoio da Mákina de Cena, uma associação cultural louletana.

Todos os dias, haverá música, às 20h30 e 22h30, com nomes como Marco Martins’Low Profile, FUSHI e Leon Baldesberger’s Meersalz.

A toda este panóplia de atividades, junta-se ainda o artesanato (mais de 100 bancas), a exposição “Corpos Celestes”, de Adriana João, Bruno Silva, Joana da Conceição e José Jesus, na Galeria de Arte do Convento, e animação de rua, com nomes como os Al-Fanfare.

Outro dos regressos é o ciclo de cinema que terá Rui Pedro Tendinha como curador.

Este ano a novidade é o novo espaço, localizado junto à Galeria de Arte, com a recriação de uma verdadeira sala de cinema onde serão projetados os filmes e onde acontecem os concerto.

Além da exibição das curtas vencedora do prémio Sophia Estudante, haverá um momento especial.

Trata-se da projeção do filme “A Viagem do Rei”, em que teremos um showcase com o artista Rui Reininho que fez a banda sonora. Este momento acontecerá no dia 2 de Julho, às 17h00, no Cineteatro Louletano.

Os incubados do Loulé Design Lab voltam a ter uma participação ativa na decoração dos espaços do recinto, através da “reutilização e valorização de resíduos que são recursos, para dar beleza ao espaço”. Aconteceu assim o ano passado no Palco Hammam e no Cinema MED, e este ano serão outras as áreas que serão brindadas com a criatividade destes designers.

Nas artes de rua, as parcerias reforçam-se com a Satori, os Al-Fanfarre e também com a Câmara de Almodôvar para apresentar o Cante Alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Mas o folclore internacional estará em força no MED, no âmbito de «um trabalho muito próximo que tem vindo a ser feito com a Casa da América Latina», e nesta edição irão atuar pelas ruas e ruelas do Centro Histórico, grupos vindos do México, Colômbia e Paraguai. Para a 20ª edição há a promessa de “inputs nesta matéria”.

Os serviços educativos da Biblioteca Municipal voltam a ter a seu cargo a dinamização do MED Kids, espaço dedicado aos mais novos que recebe diariamente crianças dos 6 aos 12 anos, para atividades ligadas a este espírito das culturas do mundo.

 

Vítor Aleixo – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

No Open Day, domingo, 2 de Julho, a organização quer «permitir a todas as pessoas que não puderam estar presentes nos 3 dias, perceberem um pouco o que é a dinâmica e o ambiente do MED». Sem os grandes concertos, está prevista alguma programação, como a atuação do Coro Conservatório, na Igreja Matriz, o Cinema MED no Cineteatro e alguns showcookings de Dieta Mediterrânica.

Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, falou do prestígio que em quase duas décadas o evento alcançou. «É também graças ao MED que Loulé é conhecido no país», disse.

«A cidade está feliz por organizar mais esta edição do Festival. Vamos ter a possibilidade de ouvir artistas que vêm de muitos lugares do mundo, com a sua música, a sua cultura, a sua diversidade, tudo aquilo que torna a vida bonita… Esse é o ambiente que se pretende todos os anos criar naquele casco histórico da cidade de Loulé e até aqui temos conseguido», concluiu.

Os bilhetes encontram-se em pré-venda, com preços reduzidos, até ao dia 25 de Junho: bilhete diário (10 euros), bilhete festival (passe para os três dias) – 30 euros e bilhete diário família (dois adultos e duas crianças até 16 anos) – 35 euros.

 

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