Nova “Mochila” vai levar espetáculos «com grande diversidade» a Faro, Loulé e Lagos

Festival realiza-se entre os dias 5 e 14 de Maio e vai passar pelos concelhos de Faro, Loulé e Lagos 

“Carripana” é uma das criações do LAMA Teatro

O MOCHILA – Festival Internacional de Teatro para Crianças e Jovens está de volta, para levar, entre os dias 5 e 14 de Maio, espetáculos «com grande diversidade» aos concelhos de Faro, Loulé e Lagos. 

Com um programa pensado para todas as idades, o “Mochila” regressa com o objetivo de «continuar a apostar no que se vai fazendo pelo Algarve», com vários espetáculos gratuitos que passam «pelos equipamentos culturais, mas também pelos espaços públicos, para que as pessoas possam ter acesso e tropecem em algumas coisas», diz João de Brito, diretor artístico do LAMA Teatro, que organiza o “Mochila”.

Em entrevista ao Sul Informação, o diretor artístico salienta ainda que a terceira edição contará com duas grandes mudanças: «uma delas é que o espetáculo passa a ter uma nomenclatura internacional, que não tinha, e a outra é que vai ser alargado aos concelhos de Loulé e Lagos», com uma programação composta por teatro, música, novo circo e instalação, num total de 17 propostas artísticas.

A dimensão internacional é assegurada por três espetáculos de artistas e companhias estrangeiras.

“On Air”, do italiano Andrea Fidelio, que irá abrir a edição deste ano do Festival, com apresentações ao ar livre na cidade de Faro (5 de Maio) e na Ilha da Culatra (6 de Maio), e dois espetáculos de companhias espanholas, também apresentados ao ar livre: “A La Fresca” (11 de Maio, no Centro Histórico de Lagos e 12 Maio no Jardim da Alameda, em Faro), da Companhia Anna Confetti, destinado a maiores de 6 anos, e “Full House”, do Eléctrico 28, para todas as idades (13 Maio, na Praça do Infante, em Lagos e 14 de Maio, na Cerca do Convento do Espírito Santo, em Loulé, e no Jardim da Alameda, em Faro).

 

 

Além destes, serão apresentados espetáculos de companhias e artistas nacionais, como Teatro Praga, teatromosca, Giacomo Scalisi, Mákina de Cena e LAMA Teatro, concertos de B Fachada e de Mais Alto!, e ainda uma instalação sonora de Noiserv.

A “Carripana”, uma criação do LAMA Teatro, será apresentada no dia 6 de Maio, no Espaço Quintalão, em Faro, enquanto “Hamlet sou eu”, pelo Teatro Praga, decorre a 13 de Maio, no Centro de Artes Performativas do Algarve, em Faro.

Já o espetáculo “NÃO”, uma criação de Giacomo Scalisi, contra os populismos, é apresentado no dia 14 no Clube Artístico Lacobrigense.

O “Gang das Mochilas”, uma iniciativa que já atravessa os três festivais, está também de volta.

«É um trabalho que temos feito com os cursos de teatro e espetáculo da Escola Secundária Tomás Cabreira, em que os alunos andam pelas ruas da cidade com a mochila às costas em fila indiana. Depois acabam por fazer algumas performances com o programa do festival, entregando às pessoas que passam uma espécie de momento artístico/apresentação do festival», explica João de Brito.

O “Gang das Mochilas” vai andar pelas ruas da cidade de Faro nos dias 4, 9 e 12 de Maio, às 16h00, e 2 de Maio, às 11h00.

 

O “Gang das Mochilas”

 

Apesar de se tratar de um festival dedicado a crianças e jovens, João de Brito salienta que «os espetáculos são sempre para toda a família». 

«Nós escolhemos espetáculos que acreditamos que têm uma mensagem super importante, que falam de temas urgentes da atualidade e que são gatilhos importantes para o pensamento. É aí que queremos tocar, nas mais diversas idades, mas também cativar as crianças, desde cedo, a ver coisas que, normalmente, não veem», salienta o diretor artístico do LAMA.

A caminho da terceira edição, João de Brito faz um balanço «muito positivo» daquilo que tem sido o festival.

 

João de Brito, diretor artístico do LAMA –  Laboratório de Artes e Media do Algarve, que organiza o “Mochila”

 

«O primeiro foi logo muito bom e acima das nossas expetativas. A nível interno, até lhe chamámos o ano zero, porque vínhamos de uma pandemia e estávamos a apalpar terreno, mas a coisa correu logo muito bem. O segundo ano rebentou a escala porque apostámos mais ainda nas companhias, em trabalhos solidificados, numa programação mais abrangente e com mais espaços públicos: o que eu acho que também atraiu muita gente para o festival», conta o responsável.

Em relação aos objetivos futuros, João de Brito salienta que o que querem agora é «fazer o melhor possível nesta edição e nos três concelhos» e, só depois, se equacionará a expansão para mais concelhos.

A programação completa e os horários de cada iniciativa podem ser consultados aqui.

 

 

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