Greve na saúde atinge 100% nalguns hospitais, média nacional ronda os 95%

Nas consultas de Ortopedia e outros exames no Hospital Santa Maria, em Lisboa, e nas consultas no Hospital de S. José, a adesão foi também total

Foto: Nuno Costa | Sul Informação (arquivo)

A adesão à greve dos auxiliares de ação médica e assistentes técnicos atingiu hoje os 100% nalguns hospitais do país, como é o caso de Tondela, e a média nacional rondou os 95%, segundo os sindicatos.

Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTPS), explicou à Lusa que nas consultas de Ortopedia e outros exames no Hospital Santa Maria, em Lisboa, e nas consultas no Hospital de S. José, a adesão foi também total.

Sublinhando o grande impacto nos serviços, a responsável explicou, contudo, que nalguns locais a adesão elevada «não é tão notada» pois os serviços mínimos estão a ser assegurados.

«Não se nota em determinados locais porque têm de ser assegurados os serviços mínimos, mas a adesão dos trabalhadores é bastante elevada», afirmou a responsável, frisando que «algumas consultas estão encerradas, mas acabam por ser efetivadas por causa da questão dos serviços mínimos».

Ao início da manhã, Sebastião Santana, coordenador da FNSTPS, tinha dito que eram esperadas perturbações nas consultas externas, internamentos e até em cirurgias.

Questionada pela Lusa, Elisabete Gonçalves explicou que a informação recolhida pela federação indica que várias cirurgias programadas vão ser adiadas por causa da greve.

Sobre a distribuição geográfica da adesão à greve, disse que no Norte rondou os 85% a 90% e, no Sul, registaram-se valores «mais elevados», assim como na região Centro.

«De qualquer maneira, a nível nacional, o balanço é muito positivo e podemos dizer que anda à volta dos 90% a 95% por cento, considerando uma média nacional», acrescentou.

A criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, a valorização da carreira de assistente técnico, a aplicação das 35 horas semanais de trabalho a todos os trabalhadores da saúde e a admissão dos efetivos necessários ao Serviço Nacional de Saúde são algumas das reivindicações desta greve, que arrancou às 00h00 e se prolonga por todo o dia de hoje.

 



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