A Exposição do Centenário do Estádio de São Luís, proposta apresentada por Pedro Paulo Silvestre Gonçalves, foi a grande vencedora da terceira edição do Orçamento Participativo (OP) de Faro, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 20 de Abril, no Museu Regional do Algarve.
A proposta, que obteve 216 votos, receberá, assim, um apoio monetário de 30 mil euros por parte da autarquia.
«O Estádio de São Luís faz 100 anos este ano. Acho que é uma marca importante, não só para Sporting Club Farense, mas para toda a cidade porque, se pensarmos bem, e a exposição vai mostrar isso, quando aparece este estádio não havia nada naquela zona, tirando o cemitério, e a cidade desenvolve-se a partir do estádio», disse Pedro Gonçalves aos jornalistas.
A primeira fase da exposição irá realizar-se no Palacete Belmarço – «um edifício que está fechado e deve ser visitado pelas pessoas» – durante cerca de dois meses.
Depois, em princípio, transitará para as instalações do IPDJ, e passará ainda pela Escola Secundária João de Deus, em Faro.
«A exposição consistirá em fotografias e num levantamento histórico daquilo que foi o surgimento do estádio e de toda a evolução até aos dias de hoje», explicou ainda promotor da ideia, que faz parte da direção do Farense. Para tal, o projeto está a contar com o apoio da população no sentido de reunir os materiais possíveis e necessários.
De acordo com Pedro Gonçalves, a exposição será lançada até ao final do ano.
O OP deste ano contou com 52 propostas, das quais foram selecionadas 31 para ir a votação. Destas, seis saíram vencedoras, contando igualmente com o apoio monetário da autarquia.
Em segundo lugar, com 212 votos, ficou a proposta de um “Um Novo Espaço de Estar na Travessa da Saúde”, na União de Freguesias de Faro, apresentada por Joana Isabel Inácio Nunes.
O terceiro lugar, que arrecadou 187 votos, está relacionado com a Antologia das Charolas de Bordeira, na Freguesia de Santa Bárbara, e foi apresentado pelo músico Nelson Conceição.
A Requalificação do Polidesportivo de Santo António do Alto, na Atalaia, recebeu 161 votos, nas Trilhas de Faro e Montenegro, votaram 119 pessoas e, nos Trilhos de Estoi, 86.
Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, mostrou-se satisfeito com o facto de haver cada vez mais pessoas a ter conhecimento desta iniciativa municipal e a concorrer, mas salientou que «podia haver ainda mais participação».
Aos jornalistas, o autarca farense admitiu que, «tendo em conta que os preços subiram», «no próximo ano, o valor [atribuído a cada proposta vencedora] poderá ser aumentado».
Em relação aos projetos vencedores, Rogério Bacalhau disse que «todos são ligados às comunidades e, portanto, todos têm o seu valor».
O edil fez ainda um balanço da execução dos projetos das edições anteriores e afirmou que estão todos a avançar. «Às vezes, há alguma dificuldade na implementação dos projetos, porque as pessoas acham que basta ter o dinheiro para implementar. Mas, por vezes, é preciso pedir pareceres a entidades externas, é preciso fazer mesmo projetos de arquitetura da especialidade, por isso é que temos no próprio regulamento que o Município e as entidades têm dois anos para executar este projeto», rematou Rogério Bacalhau.
Este ano, a Câmara Municipal de Faro voltou a investir cerca de 180 mil euros no Orçamento Participativo, sendo que cada projeto vencedor pode receber até 30 mil euros.
Nesta terceira edição (e pela primeira vez), foi possível realizar 11 assembleias participativas presenciais, que contaram com o envolvimento de 125 pessoas.
No total, as propostas reuniram 2301 votos, sendo que 1173 pessoas votaram apenas uma vez e 564 votaram duas vezes.
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