O novo Centro Oncológico de Referência do Sul, que ficará localizado no Parque das Cidades, perto do Estádio Algarve, deverá estar concluído e a funcionar «no final do próximo ano».
O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 13 de Abril, durante a assinatura do protocolo entre a Associação de Municípios Loulé/Faro e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) para cedência do terreno onde será contruído este equipamento que permitirá reunir, num único espaço físico, a possibilidade de diagnósticos, tratamentos e investigação na área da oncologia.
De acordo com Ana Varges Gomes, presidente do Conselho de Administração do CHUA, «o caderno de encargos já foi aprovado», e o concurso, que será internacional, «já tem o júri constituído e está pronto a ser lançado».
Trata-se de um projeto que implica um investimento total de 14 milhões de euros (40% financiados pelo CHUA e o restante pelo Programa Regional Algarve 2030) e que permitirá dar anualmente resposta a «dois a três mil novos doentes» com cancro.
O futuro equipamento, implantado numa área com cerca de 5.500 metros quadrados, irá integrar o Serviço Nacional de Saúde e reunirá todas as valências da área da oncologia para que o doente não precise de sair da região (como acontece atualmente).
«Este Centro vai ser uma solução que não existe, onde vamos ter tudo integrado, desde o diagnóstico ao tratamento e seguimento dos doentes, juntamente com investigação. É um projeto inovador, que não existia até agora na região Sul e que permite ter também uma componente de humanização dos cuidados, visto que terá espaço para os doentes ficarem durante a realização dos tratamentos», disse a presidente do CHUA aos jornalistas, referindo que todos os anos há perto de 1.500 doentes oncológicos diagnosticados no Algarve.
Ana Varges Gomes acredita ainda que o novo Centro Oncológico de Referência do Sul permitirá «fixar mais gente, trazer mais médicos e mais investigadores», e tratar pessoas não só do Algarve como também do Alentejo e Espanha.
O espaço reunirá várias especialidades, como a oncologia médica, cirurgia, radioncologia, nutrição, dor crónica, medicina física e de reabilitação, cuidados paliativos e apoio social, de forma a que o doente, numa única deslocação, possa realizar o seu tratamento de forma integrada e multidisciplinar.
Durante a assinatura do protocolo, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, reforçou que «este Centro Oncológico é algo de que o Algarve precisava há muito tempo» e mostrou-se muito satisfeito por ver o projeto avançar.
O mesmo aconteceu com Vítor Aleixo, presidente da vizinha Câmara de Loulé: «o que fizemos hoje aqui foi dar um primeiro passo num processo que visa dotar o Algarve deste equipamento que será de referência na área das terapêuticas do cancro. Acho que as pessoas ficarão satisfeitas e felizes, na expectativa de que, ao primeiro passo, se juntem os outros e que rapidamente se realize a concretização deste equipamento».
O autarca louletano fez ainda questão de reforçar que o CHUA será o responsável pela construção, manutenção e exploração de todos os recursos técnicos e humanos do Centro e que «a propriedade e exploração não podem, a título algum, vir a ser cedidas a entidades terceiras fora do SNS».
O novo Centro Oncológico de Referência do Sul será construído nas imediações do futuro Hospital Central do Algarve, «para podermos depois fazer a ligação entre um edifício e o outro», esclareceu ainda Ana Varges Gomes.
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