Associação do Bairro Ribeirinho alerta Governo para casos de violência na noite de Faro

«Em Faro, a lei não é cumprida nem existe quem a faça cumprir», denuncia a associação de moradores

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação (arquivo)

«Em Faro, a lei não é cumprida nem existe quem a faça cumprir», denuncia a Associação do Bairro Ribeirinho (ABRF) que, após os mais recentes casos de violência em Albufeira, recorda ao ministro da Administração Interna os casos ocorridos também na noite farense. 

Após o encerramento da discoteca Club Vida, no concelho de Albufeira, à porta da qual aconteceu o ataque mortal que vitimou uma jovem de 19 anos – bem como do Kady’s Bar, no concelho de Almada, e do After Porto, no concelho do Porto – esta associação de moradores questiona o Ministério sobre nada ter feito quanto aos casos de desacatos em Faro.

«Quando, a 10 de Agosto de 2022, foi noticiado o espancamento pelos seguranças do Bar Discoteca “Call In”, na Rua de S. Pedro, em Faro, de seis homens, três dos quais encaminhados pelo INEM para o Hospital de Faro, de onde dois deles acabaram por ser transferidos para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido a gravidade dos ferimentos, o ministro da Administração Interna nada disse», lê-se na carta divulgada pela ABRF.

«Quando foi noticiado e também aqui realçado que, na madrugada de 23 de Outubro de 2022, o Bairro Ribeirinho de Faro foi palco de mais um episódio de violência extrema, agora com disparos de arma de fogo na Discoteca Twice, em plena Rua do Prior, onde se acotovelam centenas de pessoas todas as noites, sem um polícia a vista, o Ministro da Administração Interna também nada disse ou determinou», frisa ainda esta associação de moradores, referindo que estes são «apenas dois exemplos de episódios de violência que acabaram por ser noticiados».

«Quem vive e trabalha no Bairro Ribeirinho bem sabe que os casos se repetem, com cada vez maior violência e gravidade, numa cidade sem lei», acusam.

Os moradores queixam-se também da «ausência de policiamento» numa zona que está «cada vez mais violenta e perigosa».

Em Novembro passado, o Sul Informação falou com um dos moradores desta Associação, com o superintendente Dário Prates, comandante distrital da Polícia de Segurança Pública, e com o presidente da Câmara de Faro, que fizeram um balanço dos principais problemas e desafios desta zona da capital algarvia.

Na altura, uma das possíveis soluções apontadas para melhorar a segurança foi a colocação de câmaras de videovigilância, empreitada que já foi adjudicada. 

Ao todo, o Município de Faro vai investir 448.420 euros, acrescido de IVA, para preparar a infraestrutura de suporte e implementar este sistema que vai permitir instalar 32 câmaras em vários pontos da cidade, nomeadamente na baixa e nos principais eixos rodoviários.

Em Fevereiro deste ano o Sul Informação acompanhou também uma rusga na noite de Faro.

 



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