O livro «Um Niemeyer É Sempre Um Niemeyer», de Carlos Oliveira Santos, vai ser apresentado no dia 29 de Abril, sábado, às 18h30, na FNAC do Forum Algarve, em Faro.
Segundo o autor, «o Algarve possui significativas referências modernistas, em arquitetos como Manuel Gomes da Costa, Vicente de Castro e Manuel Laginha, nomeadamente, que evocaremos. O próprio Niemeyer teve um projeto para o Algarve, de 1965, que veremos nesta apresentação».
A sessão contará com intervenções de Luís Matos, presidente do Conselho Diretivo Regional do Algarve da Ordem dos Arquitetos, e de Raphael Iruzun Martins. Haverá ainda um depoimento de Álvaro Siza, poema visual de Santiago Calatrava, fotografia de Paula Klien e mensagem de Paulo Niemeyer.
O livro, editado pela Âncora Editora, foi lançado em 2022, por ocasião dos dez anos da morte do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, um dos grandes da arquitetura moderna, numa obra que teve a participação dos arquitetos Álvaro Siza e Santiago Calatrava, bem como do arquiteto Paulo Niemeyer e da artista visual brasileira Paula Klien.
O livro aborda a história do projeto de Oscar Niemeyer para o Funchal, iniciado em 1966, que teve, a pedido de Oscar, a colaboração do arquiteto português Viana de Lima. Uma obra grandiosa, que constitui um património da arquitetura moderna em Portugal.
Acontece que, em 1964, Oscar Niemeyer realizou um projeto para o Algarve, em Pena Furada, Vila do Bispo, mas que nunca chegou a ser construído. «Esta sessão será uma boa ocasião para recordar esse magnífico projeto», salienta Carlos Oliveira Santos.
O autor, nascido em 1953, é professor universitário e escritor, doutorado pela Universidade Nova de Lisboa. Foi, nomeadamente, professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa entre 2007 e 2018.
Oscar Niemeyer (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907 – Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2012) foi um arquiteto brasileiro, considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Niemeyer tornou-se conhecido pelos projetos dos edifícios cívicos (o Congresso Nacional do Brasil, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a Catedral) para Brasília, a cidade criada de raiz que se tornou a capital do Brasil em 1960.
Também importante foi a sua colaboração com o grupo de arquitetos indicados pelos Estados-membros da ONU que projetaram a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Entre os seus últimos projetos, contam-se o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1996), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (2002), a Cidade Administrativa de Minas Gerais (2010), o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, na Espanha (2011) e o Memorial Luiz Carlos Prestes (projeto de 2012, obra concluída em 2017).
Foi premiado com o prêmio Pritzker de Arquitetura, em 1988.
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