Investigadores da UAlg desenvolvem soluções para descontaminar bivalves

Resultados do Depuratox foram apresentados em Olhão

Uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve (UAlg) e do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) desenvolveu metodologias que permitem reduzir a contaminação dos bivalves por toxinas e melhorar o rendimento dos que se veem, ciclicamente, proibidos de apanhar e capturar estes animais, devido à ocorrência de algas tóxicas.

Os resultados do projeto de investigação “Depuratox – Descontaminação de moluscos bivalves, contaminados com biotoxinas marinhas, durante o processo de depuração”, que segundo a UAlg têm «grande impacto na atividade dos mariscadores e pescadores da costa algarvia», foram apresentados num workshop, no dia 28 de Fevereiro, na sala polivalente da Biblioteca Municipal de Olhão.

Coordenado por Maria de Lurdes Cristiano, docente e investigadora da UAlg, o projeto, apoiado pelo Mar2020, «teve como principal objetivo o desenvolvimento e otimização de produtos químicos para a descontaminação de bivalves vivos, nomeadamente o mexilhão, contaminados com biotoxinas marinhas paralisantes (PSP) e diarreicas (DSP). Além do mexilhão, as espécies-alvo do projeto são ainda os berbigões e ameijoas», segundo a UAlg.

Os resultados alcançados, além de aumentar o rendimento dos mariscadores e viveiristas, «contribuirão para a melhoria da segurança alimentar, não só a nível europeu, mas também como potencial de transferência do conhecimento para outras regiões do mundo, onde a sustentabilidade da produção alimentar depende muito destes organismos marinhos e, em muitas destas zonas, sem qualquer tipo de controlo a nível de toxinas.

O projeto é desenvolvido «em colaboração com a Cooperativa de Viveiristas da Ria Formosa. Os principais beneficiários do conhecimento desenvolvido no âmbito do projeto serão centros de depuração e apanhadores de moluscos bivalves».

O workshop de apresentação do projeto contou com a participação de Alexandra Teodósio, vice-reitora da UAlg, João Evaristo, vereador da Câmara de Olhão, Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Maria João Botelho, chefe de divisão de Oceanografia e Ambiente Marinho do IPMA, Marta Rocha, da Cooperativa Formosa, e Gabriel Bombo, do GreenCoLab.

 



Comentários

pub