Aquário Vasco da Gama liberta 900 peixes de água doce em risco de extinção

No dia 14 de Março, serão libertadas, na ribeira de Grândola, 600 bogas-portuguesas

O Aquário Vasco da Gama (AVG) vai libertar, nos dias 14 e 23 de Março, nos concelhos de Grândola e de Mafra, cerca de 900 peixes de água doce em perigo de extinção. 

O objetivo do projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”, desenvolvido em parceria com o MARE-ISPA e a Faculdade de Medicina Veterinária, é «reproduzir e manter espécies nativas de peixes de água doce da fauna portuguesa, criticamente em perigo, para repovoamento dos seus rios de origem».

Os rios são posteriormente visitados e as populações de peixes são monitorizadas pelos investigadores do MARE-ISPA. As instituições participantes realizam ainda, com as escolas locais, atividades de educação para a conservação destas espécies nativas e dos seus habitats.

De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, esta é uma forma de «proteger as espécies consideradas criticamente em perigo devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores», tais como descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais.

No dia 14 de Março, às 15h30, serão libertadas, na ribeira de Grândola (no Eco-Parque Montinho da Ribeira), 600 bogas-portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum) nascidas no AVG entre 2019 e 2022, descendentes de exemplares capturados na mesma ribeira. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal onde vive nas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Sado e nas pequenas ribeiras da região Oeste e da região entre o Sado e o Mira.

Já no dia dia 23 de Março, às 11h00, perto de Sobral da Abelheira, em Mafra, serão libertados, no rio Safarujo, 300 ruivacos-do-oeste (Achondrostoma occidentale) nascidos no AVG entre 2019 e 2022, descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal e apenas em 3 rios: Safarujo, Alcabrichel e Sizandro.

O projeto é realizado no ano em que o AVG comemora 125 anos.



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