Alcoutim vai operar uma autêntica “revolução” no seu Festival de Caminhadas, que passará a distribuir-se por diferentes datas ao longo do ano, em vez de estar concentrado em apenas um fim de semana, em Março, revelou ao Sul Informação Júlio Cardoso, da Unidade de Cultura, Património Cultural e Turismo da Câmara de Alcoutim.
Para já, ainda não há datas para a edição de 2023, segundo o técnico superior que coordena a organização do evento.
«Estamos a reformular um pouco o que é o Festival de Caminhadas. Nesta 9ª edição – que seria a 10ª, se não tivesse havido a pandemia [em 2021 não houve festival] -, queremos avançar com um novo formato. Terá várias datas ao longo do ano, apesar de poder haver um fim de semana principal», resumiu.
«A ideia é que o festival de caminhadas continue a ser transfronteiriço, passe a ser ao longo do ano, que tenha um nome associado também ao contrabando. Vai ter um novo nome, vai deixar de ser Festival de Caminhadas de Alcoutim e Sanlúcar e vai ser um pouco associado ao contrabando, vai ter uma nova imagem, ou seja, vai ter uma imagem “lavada”», acrescentou.
O objetivo é criar «um festival de experiências no ambiente rural, no ambiente transfronteiriço. Queremos conciliar as caminhadas com o ciclo dos produtos, com a natureza ao longo do ano, mas também com a astronomia, com a noite».
«Estamos a estudar, estamos a falar com os parceiros do Algarve Walking Season, com a entidade financiadora RTA [Região de Turismo do Algarve], para lançar o novo formato. Não vai ser já em Março, porque temos o Festival do Contrabando e era difícil para o nosso serviço de turismo dedicar-se aos dois», explicou Júlio Cardoso.
O Festival do Contrabando de 2023, que decorrerá entre 24 e 26 de Março, será o maior de sempre, como o Sul Informação já deu conta.
«Claro que são eventos com realidades muito diferentes, mas depois acabas por gastar toda a energia no Festival do Contrabando», o que prejudica a organização das caminhadas, concluiu o coordenador do festival.
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