AHP: Algarve teve a terceira maior taxa de ocupação do país em 2022

Segundo um inquérito feito aos sócios da associação

O Algarve teve uma Taxa de Ocupação (TO) média de 61% no ano de 2022 e foi a terceira região com maior TO, atrás da Madeira, que liderou com 76%, e Lisboa (70%), segundo os dados recolhidos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) junto dos seus associados, que foram apresentados ontem, em Lisboa.

Quanto ao preço médio por quarto vendido (ARR), foi de 124 euros, no Algarve, em 2022, um valor acima da Madeira (113 euros), mas abaixo de Lisboa (152 euros).

O inquérito “Balanço 2022 & Perspetivas 2023″ da AHP foi feito entre 24 de Fevereiro a 14 de Março e apurou, desde logo, que 54% dos hoteleiros inquiridos, a nível nacional, «afirmam que já alcançaram os níveis de operação pré-pandemia».

Ainda assim, há 46% que afirmam que só irão retomar os níveis pré-pandemia entre o 1º semestre de 2023 e o 2º semestre de 2024.

Em termos gerais, a Taxa de Ocupação fixou-se nos 61% , em média, a nível nacional. Já o ARR fixou-se nos 119 euros, numa análise a todo o país.

«A AHP concluiu assim que o decréscimo da TO perante 2019, que o INE já tinha revelado para todos os empreendimentos turísticos, foi igualmente constatado na hotelaria. Em contraponto, e também seguindo a tendência registada nos demais empreendimentos turísticos, o preço médio por quarto vendido subiu», segundo a associação.

«Para a AHP este aumento reflete a inflação que se verificou no período (7,8%), o crescimento de custos com todos os fatores de produção, mais o crescimento da procura por Portugal e o posicionamento ascendente do destino», acrescentou.

Relativamente à estada média, a Madeira teve também a maior estada média do território nacional – 6 noites -, seguida do Algarve, com 5 noites, e Açores, Lisboa e Alentejo, com 3 noites.

O principal canal de distribuição foi a Booking, apontada por 93% dos inquiridos, seguido do site próprio (83%).

Quanto a mercados emissores, Portugal, Espanha e Reino Unido foram os mercados mais apontados pelos hoteleiros inquiridos.

Para 2023, «a maioria dos hoteleiros prevê que, em todos os trimestres, 2023 será melhor do que 2019 e 2022 nos três indicadores: TO, ARR e Receitas. Portugal, Espanha e Estados Unidos da América são os mercados mais apontados pelos hoteleiros para 2023, seguidos do Reino Unido, França, Alemanha e Brasil».

«Como principais desafios para o setor em 2023, a inflação é o principal para 88% dos inquiridos. Custos com a energia, para 73%, e instabilidade geopolítica/guerra na Ucrânia, para 56%, completam o top 3», concluiu a AHP.

 

 



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