Secretário de Estado prevê ano turístico «muito positivo» no Algarve

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado reconheceu que «há o desafio de aumentar os salários em Portugal e no turismo»

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, está confiante de que este ano será «muito positivo» para o turismo no Algarve. 

O governante participou esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, na conferência “O Turismo no Algarve e no Algarve interior” que se realizou na Fundação Manuel Viegas Guerreiro, em Querença (Loulé).

Em declarações aos jornalistas, Nuno Fazenda comentou os recentes dados do turismo.

O mês de Janeiro foi um dos melhores de sempre no Algarve, em termos de taxa de ocupação (36,9%), o que até surpreendeu entidades como a AHETA (Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve).

Para o secretário de Estado, este bom arranque de ano é um bom prenúncio para o que aí vem.

«Há perspetivas muito positivas e de confiança para este ano. O que sinto, no trabalho de contacto no terreno, nas feiras de turismo e nas reuniões com empresários é que há confiança para termos um ano muito positivo», disse Nuno Fazenda.

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

O governante revelou mesmo ter «confiança» de que este 2023 terá bons resultados na região.

«Basta termos presente que vamos ter, segundo o Banco de Portugal, um aumento de exportações de 8,6%», reforçou.

As perspetivas do governante vão também ao encontro do que disse, há dias, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, que defende que os bons números de Janeiro mostram como «estamos a retomar o processo de atenuação da sazonalidade e a recuperar alguns mercados externos que levaram mais algum tempo a voltar».

Nesta conferência, um dos temas abordados, levantado por Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, foi o dos baixos salários dos trabalhadores do setor turístico.

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado reconheceu que «há o desafio de aumentar os salários em Portugal e no turismo».

«A verdade é que nós, entre 2015 e 2022, aumentámos em cerca de 50% o valor do ordenado mínimo nacional e os salários médios aumentaram 29%, mas temos de continuar a crescer nos salários porque isso permite também reter talento e recursos humanos para trabalhar no turismo», concluiu.

 

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