Projeto artístico que reflete sobre alterações climáticas arranca em Faro

No dia 23 de Fevereiro, realiza-se a primeira conversa aberta ao público, no Centro de Ciência Viva de Faro

A primeira residência artística do “Waterworld”, um projeto multidisciplinar em torno da subida das águas do mar como consequência do aquecimento global, que cruza várias áreas e disciplinas, como as artes visuais, as artes performativas, a literatura ou a ecologia, arranca esta semana, em Faro.

Durante esta primeira residência, o grupo composto por Bruno Caracol, artista visual e coordenador do projeto, o cineasta Pavel Tavares, a escritora Joana Bértholo, a escultora Rita Castro e a artista Joke van den Heuvel vai «aprofundar o desenho coletivo do imaginário do projeto, no encontro com o território concreto da Ria Formosa, recolhendo vestígios e imagens, conversando com habitantes e pesquisadores em torno às alterações que já se fazem sentir, às formas que já se desenham de adaptação e às possibilidades que este futuro submerso trás para o território», explicam os pormotores.

Depois desta primeira fase, haverá uma conversa aberta ao público, intitulada “A Ria Formosa num futuro submerso” no Centro de Ciência Viva do Algarve, em Faro, no dia 23 de fevereiro, às 17h00, que contará com vários oradores especializados no tema.

“Waterworld” envolve a criação de objetos, de textos ficcionais, peças audiovisuais e de micro-eventos com a comunidade que vão acompanhar o processo criativo, que será condensado enquanto instalação audiovisual e plataforma online.

Ao longo de 2023 vão realizar-se mais três residências artísticas com novos grupos de trabalho. No final, vai ser criada uma instalação, que reunirá o material produzido durante as residências com apresentação no Algarve, ocupando um lugar não habitualmente aberto ao público relativo à cultura marítima.

 

“A Ria Formosa num futuro submerso” – conversa
Centro Ciência Viva do Algarve, Faro
23 de Fevereiro, 17h

As previsões apontam para uma subida do nível das águas do mar em 50 cm até 2100, submergindo e colocando em zona entremarés o que conhecemos hoje como Ria Formosa e as suas ilhas barreira. O projeto Waterworld parte deste dado para imaginar possibilidades de convivência com este futuro, pensando-o a partir da ficção científica, procurando a partir dela as ferramentas para transformar o presente.

Convidados
Ana Paula Lopes: Europe Direct/Lixarte
Paula Vaz: APA, Agência Portuguesa do Ambiente / Lixarte
João Encarnação: Nema – Coordenador Projeto Nema – Novas Espécies Marinhas do Algarve, Universidade do Algarve
Nicolas Blanc: Técnico de Pescas e Aquacultura na Sciaena
Gonçalo Duarte Gomes: Arquitecto Paisagista/Delegado distrital da APAP

Moderadora
Cristina Veiga Pires: diretora executiva do Centro de Ciência Viva do Algarve, investigadora no CIMA e professora auxiliar a Universidade do Algarve

Equipa projeto Waterworld
Bruno Caracol, Joke van den Heuvel, Pavel Tavares, Rita Castro

Apoio: DGArtes – República Portuguesa, Câmara Municipal de Loulé
Parceiros: Centro Ciência Viva do Algarve, Devir Capa, Oficinas do Convento, 23 Milhas
Uma produção efabula

 

 



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