Feno, Tiago Nacarato e Orquestra algarvia marcam programação do Teatro das Figuras

Mês de Fevereiro terá música, dança e teatro

Feno, Tiago Nacarato e Orquestra Clássica do Sul, entre outras iniciativas, marcam a programação deste mês do Teatro Municipal das Figuras (TMF).

Esta quinta-feira, 2 de Fevereiro, realiza-se a primeira agenda do mês. A companhia de circo contemporâneo CAOS Circus Arts apresenta “Feno”, projeto que emerge de uma pesquisa que aborda a vida rural e o processo do feno, que se divide em três fases: corte, secagem e enfardamento.

O primeiro fim de semana faz-se com música. No sábado, 4, Tiago Nacarato apresenta o álbum “Peito Aberto”, assumidamente inspirado em referências das culturas latinas e africanas, com um toque de música do mundo. No domingo, 5 de Fevereiro, é a vez da Orquestra Clássica do Sul apresentar o seu novo maestro titular, Martim Sousa Tavares, que propõe um programa que contém algumas das principais linhas daquilo que será a orientação artística e musical da Orquestra para o próximo triénio.

No dia 9 de Fevereiro, o Teatro das Figuras apresenta a peça “Jesus, o Filho”, com texto e encenação de Elmano Sancho. A personagem central – que não é Jesus, mas que não deixa de ser um “messias” – fala sem artifícios, delivrando a sua coragem e inteligência.

 

 

De acordo com o TMF, trata-se de «um homem comum que não se deixa influenciar, que não muda de discurso, nem de tom de voz. Que se mostra firme e resistente, implacável na sua crítica ao mundo. Esta peça insere-se num tríptico onde já foi apresentado o espectáculo “Maria, a Mãe” e em junho deste ano será apresentada a peça “José, o Pai”».

No dia 11 volta-se a dar destaque à música clássica. Jill Lawson, pianista de renome internacional, apresenta-se em concerto, no âmbito do projeto “Trio de Damas”, para homenagear Helena Sá e Costa, grande dama do pianismo em Portugal. A pianista, acompanhada do Ensemble Musicamerata, apresentará e defenderá um programa monográfico, com obras dos compositores Gabrieli, Mozart, Bach, e Lopes-Graça, destacando-se a apresentação do Concertino para piano, cordas, metais e percussão – uma obra dedicada a Helena Sá e Costa, com uma formação instrumental fora do comum, e que torna este acontecimento numa ação de grande impacto artístico e cultural.

O espetáculo “Cabeças de Vento” convida as famílias do Algarve a cantar e a dançar no dia 19 de Fevereiro. Os criadores Inês Pupo e Gonçalo Pratas procuram promover deste modo o contacto com a natureza, o seu conhecimento, respeito e proteção.

No dia 23, a dança vê-se representada com o espetáculo de dança-teatro “Jungle Book reimagined”, pela companhia inglesa Akram Khan Company.

 

 

O coreógrafo e a sua equipa reinventaram a viagem de Mogli pelos olhos de um refugiado, encurralado num mundo devastado pelo impacto das alterações climáticas. “Jungle Book reimagined” é dirigido a todas as gerações como um passo para relembrar, reaprender e reimaginar um novo mundo em conjunto.

«Uma oportunidade única de testemunhar em Portugal o trabalho de uma das companhias de dança mais relevantes da atualidade», refere o TMF.

Esta peça está em digressão nacional, estreando no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, passando pelo Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e terminando a digressão nacional no Teatro das Figuras.

A 25 de Fevereiro, o músico, produtor e compositor Renato Júnior junta no mesmo palco algumas das melhores vozes femininas da atualidade.

Durante cerca de hora e meia, as cantoras convidadas desfilam em palco entrando no universo musical do álbum “Uma Mulher Não Chora”,  imprimindo cada uma delas a sua impressão digital à música do compositor. Trata-se de uma homenagem à Mulher em pleno Século XXI, com a participação de Ana Bacalhau, Rita Redshoes, Katia Guerreiro, Viviane, Sofia Escobar, Luanda Cozetti, Patricia Antunes e Patricia Silveira.

Além da programação em palco, o TMF continua a vertente formativa nas áreas cénicas com duas oficinas.

Francisco Luís Pereira, professor na licenciatura e mestrado de teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema, conduz nos dias 10, 11 e 12  uma oficina de Encenação com o objetivo de testar e destruir um diálogo argumentativo e com recurso a momentos práticos, um número de noções pré-condicionantes no trabalho de criação cênica, questionando-se premissas, a repartição, a repartição criativa entre encenador, autor, ator…

De 24 a 26 de é a vez de Armando Nascimento Rosa assumir a Oficina de Escrita para Teatro. O dramaturgo, ensaísta e cantautor pretende desafiar os participantes para a experiência imaginosa da criação escrita destinada à cena teatral.

 



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