Farense vai recorrer da punição de dois jogos à porta fechada

A situação aconteceu em Agosto do ano passado, na 3ª jornada da II Liga, num jogo que acabou empatado 2-2

O Farense vai recorrer da punição de dois jogos à porta fechada, decidida pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), devido a alegados insultos racistas a um jogador do Académico de Viseu. 

A situação aconteceu em Agosto do ano passado, na 3ª jornada da II Liga, num jogo que acabou empatado 2-2.

Já depois do final da partida, André Clovis, que marcou um dos golos, queixou-se de ter sido alvo de insultos racistas, vindos da bancada do Farense.

Em comunicado, o Farense queixou-se agora do «profundo sentimento de injustiça» desta decisão, mostrando-se «incrédulo com o enquadramento legal que se fez dos putativos insultos racistas».

Isto deve-se ao facto de o artigo 113º, do Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, dizer que o «clube que promova, consinta ou tolere a exibição de faixas, o cântico de slogans racistas ou, em geral, quaisquer comportamentos que atentem contra a dignidade humana em função da raça, língua, religião, origem étnica, género ou orientação sexual é punido».

Ora, segundo os algarvios, «nunca o Farense poderia promover, consentir ou tolerar insultos racistas de que não teve conhecimento durante o jogo em questão».

«Aliás, todos os agentes desportivos e forças de segurança presentes, só foram informados do que teria ocorrido, já após o terminar do jogo, quando os dois jogadores em causa relataram terem sido ofendidos», acrescenta.

«O Farense é uma instituição centenária que pautou toda a sua existência pela defesa da dignidade humana através da prática desportiva; E repudia e condena qualquer prática que seja ofensiva dos mais elevados valores de humanidade», conclui o comunicado.

 



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