O Governo reconheceu o relevante interesse público (RIP) da construção do Centro de Meios Aéreos de Cachopo que já começou e deverá terminar «nos primeiros dias de Julho».
Em declarações ao Sul Informação, Ana Paula Martins, presidente da Câmara de Tavira, explicou que a obra arrancou em Janeiro e que este reconhecimento veio desbloquear questões «relacionadas com o terreno».
«Uma parte do terreno tinha de ter este reconhecimento porque tinha um plano de urbanização e um destino diferente», adiantou.
Segundo já tinha revelado a autarca ao nosso jornal, a obra vai permitir não só renovar a pista e criar uma infraestrutura de apoio, mas também construir acomodações permanentes para os agentes de proteção civil que ali ficam estacionados, que atualmente «ficam alojados em contentores».
O projeto prevê a construção de um edifício de dois pisos. No piso superior, que dará diretamente para a pista, será instalada uma «zona operacional, com a sala de comunicação e um espaço para equipamento».
No piso inferior, será instalada «uma camarata feminina com três camas e outra masculina com oito camas», bem como «uma sala de convívio com espaço de cozinha e refeições e um espaço multiusos, onde pode ser dada formação».
A obra, que também prevê «a ampliação das redes de distribuição de água e drenagem de águas residuais e a pavimentação da via de acesso», tem um prazo de execução de 180 dias e um custo estimado de 2,5 milhões de euros, que terão comparticipação de fundos do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg VA Espanha – Portugal.
«Todos os anos, temos o helicóptero a operar a partir de Cachopo durante parte do ano, no âmbito do Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais», explicou Ana Paula Martins.
Os operacionais da Proteção Civil e da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro [a nova designação do GIPS] da GNR destacados para esta localidade do concelho de Tavira, nas fases de maior risco de incêndio, até agora tinham de usar instalações temporárias.
Com esta obras, passam a ter todas as condições necessárias.
Mais do que criar uma infraestrutura para funcionar em pleno durante alguns meses, a presidente da Câmara de Tavira ambiciona que este helicóptero passe também a estar estacionado em Cachopo «o ano inteiro».
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